Instituto Lula nega tentativa de obstrução
Por meio de sua assessoria, o advogado Cristiano Zanin Martins, que representa Lula, afirmou que a defesa do ex-presidente está analisando a denúncia do MPF em Brasília
- Data: 22/07/2016 10:07
- Alterado: 22/07/2016 10:07
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
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O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília apresentou nesta quinta-feira, 21, à Justiça denúncia contra Lula, o senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS), o banqueiro André Esteves, o pecuarista José Carlos Bumlai e mais três pessoas acusadas de agir para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.
O Instituto Lula reiterou que os advogados do ex-presidente não haviam tido acesso à denúncia. “O ex-presidente já disse em depoimento que não praticou nenhuma ação para obstruir a Justiça”, respondeu a entidade.
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que representa André Esteves, classificou a ratificação de “ato esperado”. “Quando Delcídio perdeu o mandato, o processo saiu do Supremo e é natural que isso aconteça, a ratificação é um ato formal”, afirmou Kakay, para quem “não há fatos novos” e a expectativa é de que a denúncia contra Esteves seja recusada.
O advogado Conrado de Almeida Prado, que representa José Carlos Bumlai, informou que seu cliente “nega veementemente que tenha dado qualquer quantia em dinheiro para a família de Nestor Cerveró para eventual compra de silêncio dele”. “Até porque não havia nenhuma preocupação do Bumlai com algo que ele pudesse dizer”, afirmou. “Cerveró não teria nada a dizer que prejudicasse o Bumlai.”
O criminalista Damian Vilutis, que defende Mauricio Bumlai, disse também que não havia tido acesso ao teor da denúncia e que por isso, não iria se manifestar sobre a acusação criminal apresentada ontem. Ele, porém, negou que tenha havido a compra de silêncio de Cerveró.
Delcídio Amaral, Diogo Ferreira e Edson Ribeiro foram procurados mas não responderam até a conclusão desta reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.