Instituto Adilson Maguila atende 250 alunos gratuitamente e tem até atleta dona de cinturão
Criado em 2003, projeto passou a ocupar as dependências da Vila Olímpica Mário Covas três anos depois
- Data: 25/10/2024 17:10
- Alterado: 25/10/2024 17:10
- Autor: Redação
- Fonte: Agência SP
O projeto tem como foco o trabalho de inclusão social por meio do esporte.
Crédito:Matheus Candeloro/Secretaria de Esportes
O ex-boxeador Adilson Maguila faleceu na última quinta-feira (24), mas o seu legado no esporte não pode ser apagado. Além dos títulos nacionais e internacionais e a etiqueta de maior peso-pesado do boxe brasileiro, Maguila deixou sua marca também no social.
Criado em 2003 pelas mãos do pugilista e de sua esposa, Irani Pinheiro, o Instituto Adilson Maguila tem como foco o trabalho de inclusão social por meio do esporte de crianças e jovens da periferia da capital paulista, oferecendo aulas de boxe de forma gratuita. A partir de 2006, o projeto passou a ocupar as dependências da Vila Olímpica Mário Covas, equipamento administrado pela Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo.
O espaço dedicado às aulas é uma sala de 780 m² que conta com um ringue e sacos de pancadas. Atualmente, são atendidos 250 alunos com idade a partir dos 10 anos, que participam das aulas às terças e quintas, em quatro períodos.
“Lamentamos o falecimento de um grande ídolo como o Maguila, mas por outro lado ele deixa um legado. O trabalho social do Instituto é incrível e a Secretaria de Esportes do Estado se orgulha de poder abrigar as aulas e oferecer esporte de qualidade a tantas pessoas”, conta a secretária de Esportes do Estado de São Paulo, coronel Helena Reis.
Embora não vise o alto rendimento, o projeto revela atletas promissores. O maior destaque entre os pugilistas inscritos no Instituto é Elhem Taynara, 25 anos. Ela tem um cartel com mais de 30 vitórias e em 2019 tornou-se a primeira mulher a vencer a Forja dos Campeões, tradicional torneio de boxe amador.
Na outra ponta está Vera Lúcia, 73 anos, que conheceu o boxe em 2017 e desde então frequenta as aulas religiosamente. Ela é um caso bem acabado de que o esporte salva vidas. “O boxe mudou tudo na minha vida, corpo e mente. Vou às aulas toda terça e quinta. Nesses dias, não há nada mais importante que a minha aula de boxe. Falto até a casamento se for preciso”, diz ela.
A Vila Olímpica Mário Covas fica na Rodovia Raposo Tavares – Km 19,5, Zona Oeste da capital. Para se inscrever nas aulas de boxe, basta comparecer ao equipamento às quintas, das 10h às 16h, portando documento com foto, atestado médico e, para o caso de estudantes, declaração escolar.