Incontinência urinária pode piorar no inverno

Especialista tira dúvidas e dá dicas sobre a condição

  • Data: 05/07/2021 09:07
  • Alterado: 05/07/2021 09:07
  • Autor: Redação
  • Fonte: Sociedade Brasileira de Urologia
Incontinência urinária pode piorar no inverno

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Com a chegada das temperaturas mais baixas, algumas mudanças podem ocorrer em nosso organismo. Uma delas é o aumento da frequência urinária e eventual perda de urina. Para pessoas que sofrem de incontinência urinária, as épocas de frio podem gerar mais incômodo e constrangimento, já que ocorre um aumento na produção de urina e, assim, pode ocorrer mais perda de urina e também pode haver a necessidade de urinar  com mais frequência.

A incontinência urinária atinge cerca de 5% da população brasileira (homens e mulheres) – segundo a Sociedade Brasileira de Urologia – e é conhecida mundialmente como “câncer social”, por causar, na maioria dos casos, constrangimento e isolamento, podendo levar à depressão. No Brasil, mais de 10 milhões de pessoas apresentam algum tipo de incontinência e muitos não procuram ajuda médica por achar que o problema é normal ou natural da idade ou por acreditar que não há tratamentos efetivos.

De acordo com o urologista Gustavo Wanderley, especialista de Recife e membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia, a incontinência urinária pode piorar no inverno pois, além do nosso corpo transpirar menos nesta época do ano, para compensar as baixas temperaturas, nosso metabolismo acelera o funcionamento dos rins que precisam eliminar mais água do corpo. Ainda de acordo com o especialista, outros fatores podem influenciar para as idas constantes ao banheiro durante as épocas frias. “Outro hábito que aumenta os sintomas da incontinência no inverno está relacionado ao consumo de bebidas quentes, elas colaboram significativamente para o aumento da frequência urinária”.

Para tentar amenizar o desconforto durante esta época do ano, o especialista traz algumas dicas práticas que podem colaborar com a rotina:

Evite bebidas quentes

Uma boa dica é evitar o consumo de bebidas quentes como chás, chocolates quentes e café, antes de se deitar. Isso irá reduzir as idas ao banheiro durante a noite. Se as idas excessivas ao banheiro durante o dia estão atrapalhando a sua rotina, corte as bebidas quentes durante suas atividades, como trabalho ou exercício físico.

Incontinência não é comum em nenhuma idade

A incontinência urinária não é uma consequência normal da idade, apesar do envelhecimento trazer alterações estruturais na bexiga e no trato urinário que podem favorecer o aparecimento da condição. O tipo mais comum é a Incontinência Urinária de Esforço (I.U.E.), caracterizada pela perda de urina ao rir, tossir ou em qualquer movimento ou esforço. A I.U.E. atinge exclusivamente mulheres e pode ocorrer por fraqueza do esfíncter e do assoalho pélvico, além de múltiplos partos ou queda do hormônio feminino após a menopausa. Já nos homens, as principais causas de perda urinária são a deficiência esfincteriana após a prostatectomia radical (perda de urina após cirurgia para tratamento do câncer de próstata) e a bexiga hiperativa (contrações involuntárias de forte intensidade da bexiga que levam a escapes de urina).

Procure uma solução definitiva

Engana-se quem acredita que a condição não tem cura. Nas mulheres, nos casos mais simples, é possível fazer fisioterapia para ativar a musculatura, entre outros tratamentos. Nos casos moderados a graves, há um procedimento cirúrgico para aplicação de slings, malhas que sustentam a uretra.

Já para tratar a incontinência em homens, existem tratamentos eficazes que permitem a volta do funcionamento do esfíncter. “Nos pacientes mais complexos, como homens que perdem o funcionamento do esfíncter após a prostatectomia radical, é possível substituir o esfíncter com uma cirurgia, utilizando um esfíncter artificial, tecnologia disponível e acessível no Brasil”. Para casos mais leves, ainda existem os slings masculinos, que também trazem excelentes resultados a longo prazo, finaliza o especialista.

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  • Data: 05/07/2021 09:07
  • Alterado:05/07/2021 09:07
  • Autor: Redação
  • Fonte: Sociedade Brasileira de Urologia









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