Hugo Motta critica ações do STF e defende imunidade parlamentar em discurso.

Hugo Motta se candidata à presidência da Câmara, prometendo fortalecer o Legislativo e manter a humildade em sua gestão.

  • Data: 01/02/2025 18:02
  • Alterado: 01/02/2025 18:02
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress
Hugo Motta critica ações do STF e defende imunidade parlamentar em discurso.

O líder do Republicanos na Câmara, Hugo Motta (PB)

Crédito:Mário Agra/Câmara dos Deputados

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O deputado Hugo Motta, líder do Republicanos na Câmara dos Deputados, anunciou neste sábado (1º) suas intenções ao concorrer à presidência da Casa. Em seu discurso, ele destacou a necessidade de fortalecer o Legislativo e reafirmou a importância da imunidade parlamentar.

“Nos uniremos para reforçar institucionalmente a Câmara, assegurando sua autonomia e independência em relação aos outros Poderes. É fundamental que entendamos que a gestão de um país deve ser pautada pelo respeito e pela harmonia entre as instituições”, declarou Hugo Motta, provocando aplausos entre os colegas presentes no plenário.

Considerado um forte candidato à presidência, Hugo Motta se manifestou durante a sessão que decide sobre a nova Mesa Diretora. Antes dele, os outros concorrentes – Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS) – apresentaram suas propostas, seguindo uma ordem determinada por sorteio.

O deputado enfatizou que a proteção das prerrogativas parlamentares é crucial para atender os interesses da população. “Cada um de nós representa diretamente as expectativas daqueles que nos elegeram”, afirmou, direcionando sua fala como uma mensagem ao Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente em um momento em que alguns deputados bolsonaristas enfrentam ações judiciais relacionadas a suas declarações nas redes sociais e no plenário.

Ao discursar, Hugo Motta procurou assegurar seus colegas de que sua postura não mudará caso seja eleito presidente. Ele destacou que continuará a se ver como parte do grupo, sem ostentar diferenciais que o distanciem dos demais deputados. “Nenhum presidente deixa de usar este broche que nos une e nos iguala”, ressaltou. “Sou mais um entre vocês, e como presidente isso não vai mudar”, completou.

Entre suas promessas, Hugo se comprometeu a garantir previsibilidade nas pautas da Câmara, definindo com antecedência quais sessões serão presenciais e quais ocorrerão de forma virtual. Além disso, propôs uma distribuição equitativa das relatorias dos projetos entre os membros e a ampliação da transparência nas deliberações do colégio de líderes.

Esses pontos foram amplamente criticados por integrantes do baixo clero durante a administração do atual presidente Arthur Lira (PP-AL), que é aliado de Hugo Motta. Apesar das críticas, o deputado comparou Lira ao ex-presidente da Assembleia Constituinte Ulysses Guimarães, destacando o legado legislativo deixado pelo atual presidente: “Arthur Lira nos proporciona o maior legado em aprovações legislativas e transformações sociais desde Ulysses Guimarães”, disse.

Além disso, Hugo Motta expressou gratidão aos deputados Antônio Brito (PSD-BA), Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL), que desistiram de suas candidaturas para apoiá-lo. Ele também agradeceu ao presidente de seu partido, Marcos Pereira (SP), por abrir mão de sua própria candidatura para consolidar o apoio necessário à sua campanha.

Durante seu discurso, Hugo ressaltou seu compromisso com decisões colegiadas: “Buscarei errar o mínimo possível, ouvindo sempre os colegas”, disse. “Serei o mesmo de sempre – um deputado-presidente, não um presidente-deputado. A transição da tribuna para a cadeira do presidente não deve alterar nossa essência”, afirmou.

Ele ainda fez questão de deixar claro que seu papel será guiado por princípios como humildade e harmonia. “Nunca haverá unanimidade na Câmara; temos uma diversidade de vozes. Contudo, as decisões tomadas pelo presidente devem ser fundamentadas na sabedoria e na humildade”, concluiu.

O regimento interno estipula que cada candidato tem até dez minutos para expor suas ideias antes da votação secreta para os 11 cargos disponíveis: presidente, dois vices, quatro secretários e quatro suplentes. Para ser eleito, é necessário obter a maioria absoluta dos votos – ou seja, 257 dos 513 deputados.

A candidatura de Hugo Motta surgiu após uma reviravolta com a desistência de Marcos Pereira em setembro. Desde então, ele conquistou o apoio oficial de quase todos os partidos representados na Câmara dos Deputados, abrangendo desde o PT até o PL. Durante sua campanha, evitou compromissos com temas polêmicos para não prejudicar sua candidatura e lançou o slogan “Do lado do Brasil”.

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  • Data: 01/02/2025 06:02
  • Alterado:01/02/2025 18:02
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress









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