Homem é acusado de manipular airbag para matar ex-esposa por seguro de R$1 milhão

Investigação revela crime premeditado e reviravoltas chocantes em Uberlândia

  • Data: 06/12/2024 11:12
  • Alterado: 06/12/2024 11:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: g1
Homem é acusado de manipular airbag para matar ex-esposa por seguro de R$1 milhão

Crédito:Polícia Militar/Divulgação

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A prisão de Aldo Fabiano Angelotti, 43 anos, ocorrida na última quinta-feira (5), em Uberlândia, levanta suspeitas de um crime meticulosamente planejado. Ele é acusado de ter desativado o airbag do veículo onde sua ex-esposa, Maria Cláudia Santos Freitas, 44 anos, perdeu a vida em um acidente forjado, que teria ocorrido em 30 de agosto deste ano. As investigações conduzidas pela Polícia Civil apontam que uma apólice de seguro de vida, com valor estimado em R$ 1 milhão, foi assinada cerca de 20 dias antes da tragédia.

O caso chamou a atenção não apenas pela morte trágica de Maria Cláudia, mas pelos indícios de premeditação que permeiam o suposto crime. De acordo com as autoridades, Aldo teria manipulado intencionalmente o dispositivo de segurança do veículo alugado para que o airbag do lado da vítima não fosse acionado durante a colisão.

A investigação, que se estendeu por três meses, sugere que o plano começou a ser arquitetado no início do ano, quando Aldo e Maria Cláudia reataram o relacionamento após um período de separação. Na data do incidente fatal, enquanto Aldo dirigia e Maria Cláudia estava no banco do passageiro, o carro colidiu com uma árvore no Bairro Laranjeiras. Curiosamente, somente o airbag do condutor foi ativado.

O perito João Paulo Teixeira destacou que a análise do veículo revelou um mecanismo manual para ativar ou desativar os airbags. “Ao observarmos o veículo equivalente em uma concessionária, notamos que a desativação do airbag é claramente sinalizada ao motorista”, afirmou Teixeira, descartando a possibilidade de desconhecimento por parte de Aldo.

Apesar das evidências acumuladas contra ele, incluindo a ausência de marcas de frenagem e contradições sobre as condições de visibilidade no momento do acidente, Aldo continua negando qualquer intenção criminosa e afirma tratar-se de um acidente.

A Delegacia de Homicídios assumiu o caso após constatar inconsistências nas declarações do suspeito e nas circunstâncias do acidente. Além disso, foi revelado que Maria Cláudia possuía uma medida protetiva contra Aldo devido a um histórico de relacionamento conturbado. A polícia trabalha com a hipótese de que Aldo tenha se reconciliado com ela com a intenção premeditada de consumar o feminicídio para obter benefício financeiro.

O delegado Eduardo Leal enfatizou a convicção das autoridades sobre a natureza criminosa do evento: “Estamos certos de que este não foi um simples acidente. Trata-se claramente de um feminicídio cometido com o objetivo de lucro financeiro.” O laudo pericial corroborou essa conclusão ao descartar que o ofuscamento pelo sol pudesse ter causado a colisão.

Com o desenrolar das investigações, espera-se que mais detalhes sejam revelados para elucidar completamente este caso complexo e trágico.

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  • Data: 06/12/2024 11:12
  • Alterado:06/12/2024 11:12
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