Histórias inspiradoras na São Silvestre: Casamentos, superações e emoções
Entre as várias motivações, destaca-se o pedido de casamento que emocionou os presentes nesta edição
- Data: 31/12/2024 09:12
- Alterado: 31/12/2024 09:12
- Autor: Redação
- Fonte: Agência Brasil
Crédito: Paulo Pinto/Agência Brasil
A tradicional corrida de rua São Silvestre mantém sua essência ao longo dos anos: reunir corredores anônimos que buscam não apenas competir, mas também celebrar a vida, honrar promessas ou cuidar da saúde. Entre as várias motivações, destaca-se o pedido de casamento que emocionou os presentes nesta edição.
Reginaldo Barbosa Pereira, de 44 anos e residente em Santa Luzia (MG), trouxe um toque especial para sua participação este ano. Após quatro anos correndo na prova, ele decidiu pedir a mão da namorada Vanessa Cristina Ferreira, de 33 anos, em casamento. O casal está junto há seis anos e Reginaldo revelou que a corrida foi o cenário perfeito para essa proposta. “Eu a conheci através da corrida e achei que esta seria uma ocasião única para fazer o pedido”, compartilhou com a Agência Brasil. A resposta de Vanessa foi positiva: “Chorei muito. Eu esperava o pedido, mas não aqui. Foi realmente especial”, comentou.
Vanessa, analista de recrutamento, destacou a importância emocional da corrida para ela e sua família. “Essa é uma corrida que desperta muitas emoções. Meu avô, que era meu pai de criação, também era esportista e gostava muito desse tipo de evento. Para nós, correr na São Silvestre é mais do que uma competição; é uma experiência única“, disse.
A técnica de enfermagem Regiane Silva, com 58 anos e participando desde 2017, tem um motivo pessoal forte para correr: gerenciar os sintomas da fibromialgia. “Correr me ajuda a evitar medicamentos”, afirmou. Para ela, a São Silvestre é uma oportunidade de superação: “Cada corredor tem sua história e todos têm o mesmo objetivo: terminar a prova”, ressaltou. Regiane planeja caminhar na prova deste ano devido a problemas de saúde, mas já vislumbra o centenário no próximo ano como uma nova chance para correr.
Os trajes fantasiados também fazem parte do espírito festivo da corrida. Miguel dos Santos Rocha, 64 anos, participou pela quinta vez vestido de Chapolim neste ano. “Correr fantasiado é mais desafiador, mas adoro essa experiência”, declarou. Miguel já superou dois AVCs e utiliza um marcapasso, mas isso não impede sua paixão pela corrida.
Outro participante notável é Leandro Leal, publicitário e escritor de 47 anos, que faz questão de correr ao lado do pai José Batista Leal Filho, de 82 anos. “Para mim, este evento é emblemático para quem vive em São Paulo e ama correr. E correr com meu pai nos dá um propósito especial”, explicou Leandro. Ele se dedica a preparar um jantar especial com carboidratos na véspera da corrida para seu pai. A prática esportiva representa para José qualidade de vida: “Decidi correr após vencer um câncer. O atletismo é essencial para minha saúde”.
Embora cada corredor tenha sua própria narrativa e desafios pessoais, todos compartilham um mesmo objetivo na São Silvestre: completar a prova. O último trecho da corrida, especialmente a subida da Brigadeiro Luiz Antônio, representa o maior desafio para muitos competidores. Como brincou José Batista Leal Filho: “Chegamos cansados na Brigadeiro, mas contamos com a adrenalina para nos levar até o final”.