Haddad diz que Brasil aguarda detalhes sobre tarifas de Trump
Haddad discute tarifas recíprocas dos EUA, aguardando mais informações. Análise dos impactos é crucial para manter relações comerciais estáveis.
- Data: 13/02/2025 20:02
- Alterado: 13/02/2025 20:02
- Autor: Redação
- Fonte: Ministério da Fazenda
Na última quinta-feira (13), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abordou a recente decisão do governo dos Estados Unidos de implementar tarifas recíprocas no comércio internacional. O chefe da equipe econômica brasileira destacou que o país está aguardando informações adicionais sobre as medidas anunciadas pelo presidente Donald Trump antes de emitir um posicionamento definitivo.
Haddad revelou que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, juntamente com sua equipe, está realizando uma análise detalhada para compreender os potenciais efeitos das novas políticas comerciais norte-americanas. “Precisamos observar como essa situação se desenrolará. Somente após uma avaliação mais completa poderemos ter um diagnóstico preciso”, afirmou.
O ministro salientou que a balança comercial entre Brasil e Estados Unidos apresenta um superávit favorável aos norte-americanos no setor de serviços, enquanto as trocas comerciais de bens demonstram um equilíbrio. Para Haddad, não existem razões que justifiquem alterações que possam comprometer um fluxo comercial que tem se mostrado benéfico para ambas as partes.
Ele também ressaltou a importância das boas relações com os três principais blocos econômicos do mundo: China, Estados Unidos e União Europeia, conforme enfatizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Haddad comentou que qualquer negociação futura dependerá de como as novas tarifas serão implementadas.
Ao ser indagado sobre a falta de clareza em relação ao cronograma de imposição das tarifas e se isso poderia abrir espaço para negociações, o ministro expressou otimismo, mas indicou que as tratativas até o momento têm sido um tanto “confusas”. “Precisamos esperar para entender o que será concretizado e efetivo. É importante considerar que a balança comercial é superavitária para os EUA em termos de bens e serviços. Portanto, não há muitos motivos para alarme. Vamos avaliar com cautela o conjunto das medidas que serão anunciadas”, concluiu.
O governo brasileiro tem adotado uma postura prudente em relação às novas tarifas impostas por Trump nos últimos dias, especialmente após o recente decreto que eleva em 25% a tarifa de importação do aço proveniente de vários países. As autoridades brasileiras têm buscado minimizar os impactos dessa situação.