Guedes diz que renuncia se reforma da Previdência virar ‘reforminha’

'Pego um avião e vou morar lá fora', afirmou o ministro em entrevista à revista 'Veja'; segundo ele, sem a mudança nas regras da aposentadoria, o País quebra em 2020

  • Data: 24/05/2019 09:05
  • Alterado: 24/05/2019 09:05
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Guedes diz que renuncia se reforma da Previdência virar ‘reforminha’

O ministro da Economia, Paulo Guedes, faz palestra na abertura do seminário Previdência: por que a reforma é crucial para o futuro do país? no auditório do edifício sede do Correio Braziliense.

Crédito:José Cruz/Agência Brasil

Você está em:

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que vai renunciar ao cargo se a reforma da Previdência pretendida pelo governo virar uma “reforminha” e disse que o Brasil pode quebrar já em 2020, de acordo com entrevista publicada no site da revista Veja nesta sexta-feira, 24.

 “Pego um avião e vou morar lá fora. Já tenho idade para me aposentar”, disse ele, segundo a reportagem. “Se não fizermos a reforma, o Brasil pega fogo. Vai ser o caos no setor público, tanto no governo federal como nos Estados e municípios”, afirmou.

“Eu não sou irresponsável. Eu não sou inconsequente. Ah, não aprovou a reforma, vou embora no dia seguinte. Não existe isso. Agora, posso perfeitamente dizer assim: ‘Olha, já fiz o que tinha de ter sido feito. Não estou com vontade de ficar, vou dar uns meses, justamente para não criar problemas, mas não dá para permanecer no cargo’. Se só eu quero a reforma, vou embora para casa”, disse Guedes na entrevista.

De acordo com a Veja, Guedes afirmou que o presidente Jair Bolsonaro está totalmente empenhado em aprovar a reforma nos moldes em que o projeto foi enviado pelo governo ao Congresso, com expectativa de economia de até R$ 1,2 trilhão nos próximos dez anos.

Guedes reconhece que há uma margem de negociação, que pode no máximo ir a R$ 800 bilhões de economia e destacou ainda que a reforma da Previdência não está sendo apresentada apenas para equilibrar as contas públicas, mas que também se propõe a corrigir enormes desigualdades, de acordo com a revista.

O ministro reafirmou sua confiança nas convicções de Bolsonaro e acredita em uma união política em torno da agenda econômica do governo. “Eu confio na confiança que o presidente tem em mim.”

Compartilhar:

  • Data: 24/05/2019 09:05
  • Alterado:24/05/2019 09:05
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









Copyright © 2024 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados