Guarda civil se entrega após matar secretário-adjunto de segurança pública em Osasco

Incidente ocorreu após desavenças pessoais e terminou com confronto na Prefeitura; guarda foi convencido a se entregar após negociações com o GATE.

  • Data: 06/01/2025 21:01
  • Alterado: 06/01/2025 21:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: FOLHAPRESS
Guarda civil se entrega após matar secretário-adjunto de segurança pública em Osasco

Crédito:SSP

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Na noite desta segunda-feira (6), um trágico incidente ocorreu na Prefeitura de Osasco, na Grande São Paulo, culminando na entrega do guarda-civil municipal Henrique Marival de Sousa, que se entregou às autoridades às 19h35 após atirar e matar o secretário-adjunto de segurança pública, Adilson Custódio Moreira, de 53 anos.

A confirmação da morte do secretário-adjunto foi realizada pela Polícia Militar, que entrou na sala onde ele se encontrava. Segundo relatos de funcionários da prefeitura, o confronto se deu logo após uma reunião rotineira da equipe de segurança municipal, que contou com a presença de líderes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e outros membros da segurança pública.

Informações obtidas pela Polícia Civil indicam que o autor dos disparos era guarda-civil de primeira classe desde 2015 e mantinha desavenças pessoais com a vítima. Testemunhas relataram que, ao final da reunião, Moreira convidou os presentes para conversas individuais. Henrique Marival foi o último a entrar na sala, que foi trancada em seguida, momento em que tiros foram ouvidos.

Fontes próximas ao caso afirmam que o guarda estava insatisfeito com sua posição e havia sido informado de sua realocação para outra função dentro da prefeitura no mesmo dia do incidente.

A administração do prefeito Gerson Pessoa (Podemos), que não se encontrava no prédio no momento dos acontecimentos, interditou os corredores do local para permitir o trabalho das polícias Civil, Militar e GCM. Funcionários foram orientados a deixar as dependências da prefeitura enquanto as negociações com o atirador se desenrolavam.

Os dois envolvidos permaneceram isolados em uma sala do Paço Municipal. Por volta das 18h20, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) chegou ao local para tentar negociar a rendição de Henrique Marival. No entanto, ele se recusou a abrir a porta para permitir o socorro à vítima.

A esposa do guarda foi convocada para ajudar nas negociações. Após quase duas horas de diálogo, Henrique finalmente abriu a porta e se entregou, mas a equipe médica constatou que Adilson já estava sem vida. O comandante da Tropa de Choque da PM, Valmor Racorti, declarou: “Infelizmente, ao entrar na sala, verificou-se que o secretário já estava morto há algum tempo, antes mesmo das ações da guarda civil ou do Gate“.

Em nota à Folha de S.Paulo, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) expressou pesar pela morte do secretário-adjunto e informou que Henrique foi encaminhado ao 5º DP da cidade para prestar depoimento. A SSP acrescentou: “O autor do crime se entregou após negociações realizadas pelo Gate. Ele será ouvido e indiciado, com exames periciais solicitados“.

Em decorrência do falecimento do secretário-adjunto, o prefeito decretou luto oficial de três dias em Osasco. Em suas redes sociais, Gerson Pessoa manifestou sua consternação: “Estou triste com essa situação. Vamos apoiar a família de Moreira e oferecer toda a assistência necessária nesse momento difícil. Nossas orações estão com a família e amigos da vítima neste dia tão sombrio para Osasco“.

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  • Data: 06/01/2025 09:01
  • Alterado:06/01/2025 21:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: FOLHAPRESS









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