Guarda Civil Municipal é Acusado de Assassinato e Comunidade Reage com Choque
guarda-civil se entrega após morte de secretário-adjunto; comunidade perplexa com ato violento inesperado.
- Data: 07/01/2025 20:01
- Alterado: 07/01/2025 20:01
- Autor: redação
- Fonte: Folhapress
Crédito:Reprodução/ TV Globo
O incidente trágico envolvendo o guarda-civil municipal Henrique Marival de Sousa, de 46 anos, que resultou na morte do secretário-adjunto de segurança de Osasco, Adilson Custódio Moreira, de 53 anos, deixou a comunidade local em estado de perplexidade. Conhecido por sua aparente tranquilidade entre os vizinhos e amigos, Sousa se entregou às autoridades na noite de segunda-feira (6) após o crime, e teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça.
Residente na região de Carapicuíba, na Grande São Paulo, Sousa era descrito por conhecidos como um bom vizinho e uma pessoa afável. No entanto, relatos de colegas de trabalho indicam que ele apresentava mudanças comportamentais em momentos de estresse, levando alguns a descreverem-no como alguém que poderia ter “ataques” em situações adversas.
Uma cabeleireira que conhece o guarda há mais de duas décadas expressou seu choque ao saber do ocorrido. Em entrevista à Folha, ela comentou que a gravidade do crime não condiz com a imagem que tinha dele. “Ele deve ter se transformado ao longo dos anos”, ponderou.
Outra moradora da área corroborou essa visão, afirmando que Sousa era uma pessoa honesta e trabalhador. Ela relatou que seu filho o considerava como um irmão mais velho e manifestou sua confusão em relação ao ato violento praticado por ele. A mulher refletiu sobre as consequências do ato, que afetaram não apenas a vida da vítima, mas também a dele e de sua família.
Os colegas da Guarda Civil Municipal também descreveram Sousa como alguém bem-humorado e tranquilo, embora tenham reconhecido que ele tinha episódios de explosões emocionais. Durante o velório de Moreira na manhã desta terça-feira (7), alguns guardas comentaram sobre as ambições profissionais de Sousa e seu desejo de progredir na carreira com o apoio do prefeito Gerson Pessoas (Podemos).
O boletim de ocorrência indica que houve um episódio anterior em que Sousa apontou uma arma para um inspetor. O comandante da corporação, Erivan Gomes, relatou à polícia que tentou dialogar com Sousa após os disparos, mas recebeu respostas perturbadoras durante o confronto verbal que se seguiu ao crime.
A prefeitura de Osasco informou que Sousa estava na Guarda Civil Municipal desde 2015 e ocupava o cargo de guarda-civil de primeira classe. Segundo as autoridades locais, não havia registros anteriores de comportamento violento por parte dele, caracterizando o assassinato como um ato isolado.
A gestão municipal ressaltou a importância da supervisão dos guardas pela Corregedoria e reafirmou seu compromisso com a responsabilização em casos de conduta inadequada. Em nota oficial, a prefeitura declarou estar revisando questões relacionadas à segurança para evitar recorrências de eventos tão graves.
A reportagem solicitou detalhes sobre os procedimentos específicos que estão sendo revisados pela administração municipal; no entanto, até o fechamento deste artigo, não houve resposta sobre essa questão.