Grupo CCR antecipa em um ano meta de abastecer 100% de suas operações com energia renovável
Investimento em usinas solares, a migração para o mercado livre e a compra de certificados de energia renovável viabilizam a superação do compromisso
- Data: 26/03/2024 14:03
- Alterado: 26/03/2024 14:03
- Autor: Redação
- Fonte: Grupo CCR
Usina solar na CCR RodoAnel (SP): Grupo destinou R$ 30 milhões em novos projetos fotovoltaicos em SP e SC
Crédito:Divulgação
O Grupo CCR, maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, terá 100% do consumo de suas concessões de rodovias, aeroportos e mobilidade urbana abastecido por fontes renováveis de energia elétrica até o fim de 2024. O movimento representa a antecipação em um ano do compromisso público assumido pela Companhia de só utilizar energia limpa em seus ativos até 2025.
Para antecipar a meta, o Grupo CCR construiu uma estratégia na área de energia organizada em três frentes: investimentos em usinas solares no modelo de geração distribuída; migração de seus ativos para o mercado livre associada à assinatura de contratos de compra de energia renovável; e aquisição de certificados de energia renovável (IRECs), que asseguram as usinas de origem da energia consumida.
“O Grupo CCR tem a ambição de liderar a agenda ESG no setor de infraestrutura no Brasil, e a antecipação em um ano da nossa meta de abastecer 100% do consumo dos nossos ativos com energia renovável é uma evidência deste compromisso e dos nossos esforços para promover a economia de baixo carbono em nossas operações, tornando a mobilidade mais sustentável”, afirma o CEO do Grupo CCR, Miguel Setas.
Um dos marcos desta estratégia é a conclusão das obras de dois novos empreendimentos de energia solar no modelo de geração distribuída (GD) pela CCR Rodovias. A Companhia investiu cerca de R$ 30 milhões na implantação de um projeto no RodoAnel (SP) e em sete usinas na ViaCosteira, concessionária que administra a BR-101 entre os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ao todo, foram instaladas 7,6 mil placas fotovoltaicas às margens das rodovias.
Com isso, a plataforma de rodovias do Grupo duplica a sua capacidade instalada de geração solar, passando de 3,14 MWp para 7,34 MWp. Os projetos, que estão em fase de conexão com o sistema elétrico, vão evitar a emissão de 447 toneladas de gás carbônico por ano, o que equivale ao plantio de 3,2 mil árvores, e vão gerar uma economia superior a R$ 2 milhões por ano na conta de energia das duas concessões. A CCR Rodovias também vem trabalhando para adotar o modelo de GD por assinatura para acompanhar o crescimento futuro da demanda por energia. Na plataforma de Mobilidade Urbana, a estação Santo Amaro, da linha 9 – Esmeralda, em São Paulo, também possui uma pequena usina de 0,11 MWp em operação.
Outra frente de atuação é a migração dos ativos para o mercado livre, no qual os consumidores podem negociar as condições dos seus contratos, associada à compra de energia de fontes renováveis. Desde 2022, o Grupo CCR adota como prática que todos os novos contratos de energia no mercado livre sejam provenientes de fontes limpas e certificados como neutros em emissões.
As operações de trens, metrô e VLT, administradas pela CCR Mobilidade, já estão no mercado livre, assim como parcela expressiva da demanda das concessões da CCR Rodovias. Neste momento, a Companhia está realizando a migração para o mercado livre dos 15 aeroportos que compõem os Blocos Sul e Central, e a expectativa é de que este processo seja concluído até o começo do quarto trimestre deste ano. A BH Airport, concessionária do aeroporto de Confins (MG), já realizou a migração.
Além do mercado livre, os certificados de energia renovável (IRECs) também são utilizados pelo Grupo CCR para compensar a parcela de energia comprada das distribuidoras, contribuindo, assim, para o alcance da meta de 100% dos ativos abastecidos por energia renovável. Em 2024, está prevista a aquisição de 330 mil IRECs para cobrir os contratos nos mercados livre e cativo.
Atualmente, o Grupo CCR é um dos 50 maiores consumidores de energia do Brasil. Em 2023, a Companhia consumiu 577,801 mil MWh, o que equivale à demanda de 240,7 mil residências. Deste volume, os negócios de mobilidade urbana representam 80% do total; os ativos de aeroportos, 12% e a CCR Rodovias, 8%.
Histórico ESG
O Grupo CCR está comprometido com a pauta ESG desde a sua fundação, em 1999. A Companhia figura há 13 anos seguidos no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da B3, principal índice de ESG do mercado de capitais brasileiro. A companhia também está presente há 13 anos no Índice Carbono Eficiente (ICO2), da B3, que lista as empresas com as melhores práticas no reporte de suas emissões dos gases de efeito estufa (GEE) e que estão desenvolvendo planos para promover uma economia de baixo carbono em suas operações.
Em outubro de 2023, o Grupo CCR teve as suas metas de redução de emissões de GEE aprovadas pela Science Based Targets iniative (SBTi). Trata-se da primeira empresa do setor de infraestrutura, no País, a firmar o compromisso público de descarbonização, com indicadores e prazos pré-estabelecidos. Foram aprovadas pelo SBTi a meta de redução de 59% das emissões nos escopos 1 e 2 e de 27% no escopo 3 até 2033.
Em outra frente, a Companhia lançou, no final do ano passado, a Taskforce CCR COP-30, a fim de se preparar para a realização da 30ª edição da Conferência das Partes (COP) sobre Mudanças Climáticas, a ser realizada em Belém (PA), em 2025. A iniciativa visa acelerar as ações voltadas à mitigação dos efeitos do aquecimento global, à preservação da biodiversidade, à transição para uma economia de baixo carbono e ao engajamento de parceiros do Grupo CCR nesta agenda.