Governo SP envia equipe da Defesa Civil para Portugal

O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Defesa Civil do Estado, enviou dois diretores para Portugal, nesta última segunda-feira (22). O capitão PM Rodrigo Foirentini, da Divisão de Logística Humanitária e o capitão PM Oswaldo de Andrade Junior, da Divisão de Convênios, foram recepcionados por representantes da ANEPC (Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil) e participaram de visitas e reuniões com principal objetivo de estreitar laços de cooperação e fortalecer relações de trabalho no âmbito da proteção civil.

Em Lisboa, os diretores visitaram o CNEPC (Comando Nacional de Emergência e Proteção Civil), juntamente com o presidente da ANEPC, Duarte da Costa e Teresa Alvarez, da Divisão de Desenvolvimento Organizacional e Relações Internacionais, onde conheceram as instalações e o funcionamento da sala de operações. Na oportunidade, o 2º Comandante de Operações Nacional, Miguel Cruz, explanou sobre a atuação da Autoridade Nacional de Proteção e Defesa com ações de prevenção, preparação e resposta, frente às ocorrências de incêndios florestais.

Representantes do IPMA (Instituto Português do Mar e Atmosfera), receberam a equipe da Defesa Civil de SP e visitaram as instalações. O Instituto é responsável por fornecer informações para diversos órgãos governamentais, como a Proteção Civil, Aeronáutica, entre outros, por meio de três radares que monitoram todo o país.

Já em Sintra, a visita foi realizada na ENB (Escola Nacional de Bombeiros), onde os diretores conheceram as instalações da escola entre a pista de incêndio, containers, torre de altura, pista de veicular, produtos perigosos, simuladores do Sicoe (Sistema de Coordenação de Operações de Emergência), resgate e uso de aeronaves para combate a incêndios florestais.

Os diretores permanecem até esta quinta-feira (25), em Portugal, onde visitam outros órgãos responsáveis pela gestão de desastre e resposta em emergências.

A visita faz parte das inúmeras inovações que a Defesa Civil planeja para esse ano, como o Mapa Comunitário de Risco Comunitário, que foi organizado pela CEPDEC (Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil) e tem o objetivo de levar informações técnicas já disponíveis em meios digitais em uma linguagem didática e de fácil compreensão para qualquer cidadão. As cartilhas se comunicam de forma bastante visual. O conteúdo orienta sobre como identificar os sinais de um deslizamento ou de uma inundação antes que os eventos aconteçam, e assim organizar o abandono do local. Placas de identificação e cuidados que podem preservar o ambiente local e a vida também constam na publicação. O formato é inédito no país e é mais uma ferramenta na prevenção de desastres e alerta à população.

A Defesa Civil SP também anunciou plano de medidas, tanto emergenciais como de longo prazo para prevenção de desastres. Um grupo de trabalho foi criado para modernização do sistema de monitoramento meteorológico do Estado de São Paulo, instalação de sirenes em áreas de risco, além do aprimoramento do sistema de alertas por meio de implantação de cell broadcast, que permite o envio de alerta independentemente da pessoa se cadastrar previamente e dispara a mensagem para todos os telefones celulares que estiverem na região.

Outra inovação, por parte da Defesa Civil em parceira com o governo do Estado e o aplicativo Waze é o envio de alertas meteorológicos via plataforma. O projeto foi implantado na capital paulista, expandido em breve para todo o estado. O alerta aparecerá para os condutores que utilizam o Waze caso eles tentem atravessar uma área inundada. Dessa maneira, eles poderão escolher se quer mudar a rota ou continuar dirigindo no mesmo trajeto.

O Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil é o responsável por abastecer a central do aplicativo com as áreas de incidência de chuvas, o que permite aos usuários serem alertados automaticamente se o trajeto selecionado estiver com risco de inundações. Dessa maneira, os motoristas poderão acompanhar as informações de emergência sobre as rotas afetadas por excesso de precipitações na tela do celular.