Governo de SP prorroga quarentena no estado até 16 de dezembro

Decreto foi publicado no Diário Oficial nesta terça-feira (17). É 14ª vez que a quarentena é prorrogada pelo governo, mesmo com as medidas de reabertura

  • Data: 17/11/2020 16:11
  • Alterado: 17/11/2020 16:11
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Governo de SP prorroga quarentena no estado até 16 de dezembro

Após admitir auento de internações

Crédito:Divulgação/Governo do Estado de SP

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Nesta segunda (17), gestão Doria admitiu aumento de internações em novembro e adiou reclassificação da flexibilização.

O decreto apenas renova uma determinação feita pela gestão estadual no início da pandemia de coronavírus e que vem sendo prorrogada pelo governador João Doria (PSDB), mesmo com as flexibilizações econômicas estabelecidas pelo Plano São Paulo.

É 14ª vez que a quarentena é prorrogada no estado. O decreto anterior estendia a medida até o dia 16 de novembro.

Internações

Durante a coletiva desta segunda, o governo de São Paulo admitiu que ocorre um aumento nas internações por Covid-19 no estado.

Na última semana epidemiológica, que vai do dia 8 ao dia 14 de novembro, as internações de casos suspeitos e confirmados da doença cresceram 18% em relação à semana anterior: a média diária das novas internações subiu de 859 para 1.009.

O Plano São Paulo, que regulamenta os estágios da quarentena nas diversas regiões do estado, estabelecendo medidas mais duras ou leves de acordo com os indicadores de saúde de cada local, não será atualizado nesta semana.

De acordo com o governo, a mudança não será feita por conta da falha nos dados do Ministério da Saúde que impactou os dados de mortes por Covid-19 em SP na última semana. São esses indicadores que determinam as fases da quarentena em cada região.

Nesta segunda-feira, o estado chegou a 40.576 mortes por coronavírus no total e 1.169.377 casos confirmados da doença desde o início da pandemia. O total de casos novos por semana, que estava em queda, ficou estável no estado de SP em relação à semana anterior.

Segundo o secretário de saúde estadual, Jean Gorinchteyn, se os indicadores de saúde continuarem a crescer, medidas mais restritivas na quarentena poderão ser adotadas.“Se nós tivermos índices aumentados, seguramente, medidas muito mais austeras e restritivas serão realizadas no sentido de continuarmos a garantir vidas. É assim que o faremos”, afirma Jean.Já o governador João Doria (PSDB), afirma que a reclassificação da quarentena foi adiada por “cautela”.

“A falta de informações sobre casos e óbitos durante 6 dias da semana passada, causada por uma pane no sistema do ministério da saúde […] afetou a normalização dos dados em todo o Brasil, e aqui em São Paulo em especial. Por esta razão estamos adiando a atualização do Plano São Paulo para o dia 30 de novembro. É uma medida de cautela e que demonstra a nossa responsabilidade em não alterar a qualificação dos estados sem ter todos os indicadores disponíveis”, diz Doria.Governo negava aumento

Na semana passada, médicos de 14 hospitais já haviam alertado para o aumento de internações por Covid-19 na rede privada da cidade de São Paulo. No entanto, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, negou na quinta-feira (12) que os números estivessem subindo.

“Todas as internações que acontecem no estado de São Paulo, seja no ambiente público, seja no ambiente privado, são notificadas para os nossos órgãos reguladores dentro da secretaria de estado da Saúde. Então nós trabalhamos com números oficiais. Estes números oficiais não revelam o que foi exposto pela mídia”, disse na ocasião.

Além do relatos da rede privada na capital, dados oficiais divulgados pelo governo do estado para todo o sistema de saúde na Grande São Paulo já apontavam para aumento na média móvel de internações em novembro, em comparação a outubro.

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), também negou que as internações estivessem subindo.

“O que nós temos são alguns dados específicos de alguns hospitais privados, que recebem inclusive muita gente de fora de São Paulo, então portanto isso não reflete a evolução da pandemia na cidade. Os números agregados da cidade de São Paulo mostram que não há nenhum recrudescimento da doença. A gente continua a abaixar os índices aqui”, afirmou na sexta-feira (13).

Em nota, o governo de São Paulo disse que “na coletiva de imprensa na última quinta-feira (12), fora esclarecido que ainda era precoce falar em aumento, pois os dados globais da rede de saúde ainda não indicavam este cenário, sendo dever da Secretaria de Estado da Saúde monitorar e analisar tecnicamente dados reportados à pasta antes de qualquer divulgação, prezando pela veracidade, precisão e transparência nas informações”.

Plano SP

A reclassificação das regiões do estado de São Paulo no plano de reabertura da economia durante a pandemia do coronavírus estava prevista para acontecer nesta segunda-feira (16), mas foi adiada para o dia 30 de novembro.

Segundo a gestão estadual, o motivo é o apagão de dados que gerou instabilidade do sistema Sivep-Gripe do Ministério da Saúde no dia 5 de novembro. Na ocasião, o Governo do estado de São Paulo chegou a ficar cinco dias sem atualizar os dados da Covid-19.

“A falta de informações sobre casos e óbitos durante 6 dias da semana passada, causada por uma pane no sistema do ministério da saúde e que agora, a partir dessa semana aparentemente estará já solucionado, mas a pane afetou a normalização dos dados em todo o Brasil e aqui em São Paulo em especial. Por esta razão estamos adiando a atualização do plano São Paulo para o dia 30 de novembro”, disse o governador João Doria (PSDB).

O Plano São Paulo regulamenta a quarentena em todo o estado, classifica as regiões do estado em cores, determinando quais locais podem avançar nas medidas de reabertura da economia. Os critérios que baseiam a classificação das regiões, são:

Ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs);

Total de leitos por 100 mil habitantes;

Variação de novas internações, em comparação com a semana anterior;

Variação de novos casos confirmados, em comparação com a semana anterior;

Variação de novos óbitos confirmados, em comparação com a semana anterior.

Na fase verde também é considerado óbitos e casos para cada 100 mil habitantes.

Regiões que atingirem as fases 3 (Amarela) ou 4 (Verde) permanecerão nessas fases desde que tenham indicadores semanais inferiores a 40 internações por Covid-19 a cada 100 mil habitantes e 5 mortes a cada 100 mil habitantes.

Atualmente, o estado possui onze regiões estão na fase amarela e seis na verde.

Fase amarela: permite o funcionamento de bares, restaurantes, comércio e outras atividades não essenciais
Araraquara
Araçatuba
Bauru
Franca
Marília
São João da Boa Vista
São José do Rio Preto
Presidente Prudente
Ribeirão Preto
Registro
Barretos

Fase verde: setores de serviço e consumos podem funcionar com uma taxa de ocupação maior e por mais horas
Grande SP inteira, incluindo capital
Taubaté
Campinas
Piracicaba
Sorocaba
Baixada Santista

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  • Data: 17/11/2020 04:11
  • Alterado:17/11/2020 16:11
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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