Governo de São Paulo amplia abastecimento de água com perfuração de poços

SP investe R$ 150 milhões em poços d'água: 1,5 milhão de habitantes já são beneficiados na luta contra a escassez hídrica!

  • Data: 02/01/2025 08:01
  • Alterado: 02/01/2025 08:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência SP
Governo de São Paulo amplia abastecimento de água com perfuração de poços

Crédito:Rogério Reis

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Recentemente, o Governo do Estado de São Paulo anunciou que a perfuração de poços d’água já beneficia aproximadamente 1,5 milhão de habitantes em 116 municípios. Desde o início desse ciclo de perfuração, que teve início em novembro de 2023, foram inaugurados 127 poços profundos, com mais 13 atualmente em execução, totalizando um investimento de R$ 150 milhões. Esses poços são parte de uma estratégia abrangente para enfrentar a escassez hídrica no estado.

A captação de água em São Paulo é majoritariamente realizada por fontes superficiais, como rios e lagos. A extração por meio de poços profundos, que acessam aquíferos subterrâneos, representa uma fração menor da totalidade dos recursos hídricos disponíveis. Marise Grinstein, diretora-presidente da SP Águas, ressalta que toda captação hídrica requer outorga, concedida somente após rigorosa análise técnica.

O processo de perfuração envolve a penetração nas rochas até alcançar os aquíferos. Os poços bombeiam água subterrânea que é então armazenada para distribuição aos residentes locais, reduzindo assim a dependência das fontes superficiais.

Entre os municípios beneficiados, Batatais se destaca, onde um único poço tem capacidade para captar até 150 mil litros por hora e atende a 58,4 mil moradores. A SP Águas oferece esse serviço aos municípios participantes do programa Universaliza que não são atendidos pela Sabesp.

O novo ciclo de perfuração está previsto para o ano de 2025 e conta com um orçamento superior a R$ 100 milhões, atualmente em fase de licitação.

De acordo com José Eduardo Campos, geólogo da SP Águas, a utilização de água subterrânea por meio da perfuração é uma alternativa viável, especialmente em regiões com escassez de recursos hídricos superficiais. O projeto requer autorização da SP Águas e um parecer técnico da CETESB.

A região Oeste Paulista possui o maior potencial para a perfuração de poços devido ao seu baixo nível de águas superficiais. Nessa área, a profundidade dos poços pode alcançar até 1,8 quilômetro, como observado em Presidente Prudente, onde se acessa o aquífero Guarani.

José Eduardo esclarece que poços menores variam entre 100 e 150 metros de profundidade e podem ter vazão entre 9 mil e 150 mil litros por hora. A vida útil média desses poços é de cerca de 20 anos, podendo ser prolongada com medidas adequadas de preservação.

Os estudos sobre águas subterrâneas no estado foram iniciados nas décadas de 1970 e 1980, permitindo um cadastro eficiente dos poços existentes. Naquela época, tanto a SP Águas quanto a Sabesp realizavam novas perfurações.

O abastecimento via água subterrânea apresenta vantagens significativas: além da qualidade superior à da água superficial — que requer tratamento mais complexo — a instalação dos poços é rápida, levando cerca de um mês. Em Ribeirão Preto, por exemplo, quase toda a água potável consumida provém da perfuração.

No entanto, José Eduardo enfatiza que a gestão racional do uso da água é essencial. É crucial monitorar as condições das reservas hídricas para equilibrar a demanda com a disponibilidade.

A administração estadual tem buscado otimizar investimentos para promover oportunidades e dignidade aos cidadãos paulistas. Em um panorama recente de investimentos recordes — totalizando R$ 340 bilhões em áreas como educação e saneamento — o governo tem implementado iniciativas significativas como a desestatização da Sabesp e melhorias no sistema metroviário.

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  • Data: 02/01/2025 08:01
  • Alterado:02/01/2025 08:01
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