Folia e autoestima: Como o Carnaval pode afetar a imagem pessoal
Festividade pode ser um espaço de expressão, mas também traz desafios relacionados à autoestima e à pressão por padrões de beleza.
- Data: 25/02/2025 16:02
- Alterado: 25/02/2025 16:02
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Assessoria
O Carnaval, conhecido por suas cores, fantasias e liberdade de expressão, pode ser um momento de ambiguidade para muitas pessoas quando o assunto é autoestima. Se, por um lado, a festividade permite maior liberdade para se expressar, por outro, pode gerar pressão para atender a determinados padrões de beleza.
De acordo com a psicóloga Lívia Barreto, Head da Mental One, o Carnaval traz uma dualidade de sentimentos. “Temos pessoas que se sentem mais livres para se expressar de maneiras que não fariam em um cotidiano normal, através de fantasias e maquiagem. Por outro lado, há quem se sinta pressionado a se encaixar em um padrão de liberdade e expansividade“, explica.
Essa pressão, segundo a especialista, pode ser compreendida a partir da perspectiva da terapia cognitiva, que aponta para a existência de pensamentos disfuncionais. “Esses pensamentos levam as pessoas a acreditarem que precisam se adequar e extravasar a qualquer custo. No entanto, essa ideia é uma distorção e não deve ser uma obrigatoriedade,” ressalta Lívia.
Lívia também destaca que pessoas com um perfil mais introspectivo não precisam se sentir obrigadas a participar das festividades de maneira expansiva. “A introspecção também é uma forma legítima de expressão. Quem não gosta de sair ou participar de festas pode aproveitar o Carnaval respeitando seus próprios gostos, explorando a liberdade dentro de sua própria maneira de ser. Esse respeito ao próprio ritmo e às preferências pessoais pode ser igualmente benéfico para a autoestima,” afirma.
Por outro lado, para quem consegue se libertar dessas pressões e aproveitar o Carnaval como um espaço de expressão genuína, os ganhos para a autoestima podem ser significativos. “Quando a pessoa se permite explorar sua identidade e seus ideais, ela fortalece o contato consigo mesma e melhora a autoconfiança,” afirma.
Lívia destaca a importância de equilibrar essa liberdade com o cotidiano. “Trazer elementos dessa expressividade para o dia a dia, seja por meio de acessórios ou pequenas mudanças no comportamento, pode ajudar a manter essa sensação de autenticidade. Mesmo em ambientes mais formais, há maneiras sutis de incorporar essa liberdade,” sugere.
Para a psicóloga, o Carnaval é uma oportunidade para experimentar novas formas de se expressar, sempre respeitando os próprios limites. “É um momento ideal para testar como nos sentimos ao mudar algo em nossa aparência ou comportamento, de forma confortável e autêntica,” conclui Lívia Barreto, reforçando que a verdadeira liberdade está em respeitar quem somos em qualquer contexto.