Fatec faz estudo comparativo entre terminais do Porto de Santos
Aluna do curso de Comércio Exterior apresentou dados que mostram melhor produtividade no terminal do porto organizado pelo setor público em relação ao de uso privado
- Data: 07/02/2024 13:02
- Alterado: 07/02/2024 13:02
- Autor: Redação
- Fonte: CPS
Crédito:Sérgio Coelho/Arquivo Pessoal
Maior ancoradouro marítimo do Brasil, o Porto de Santos conta com dois terminais de containers independentes, um de uso público, em formato de arrendamento, e outro de uso privado. Comparar o desempenho operacional de cada um e os aspectos envolvidos é a proposta do trabalho da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Barueri. O estudo da aluna Scheilla Maria de Araújo Cruz foi orientado pelo professor Antonio Fernando Degobbi, coordenador do curso superior de tecnologia em Comércio Exterior da unidade.
“Com base no conteúdo abordado, podemos afirmar que o Tecon Santos, pertencente ao porto organizado pelo poder público, apresenta melhor desempenho operacional em seus indicadores do que o DP World Santos, terminal de uso privado”, conta o professor.
Para chegar a essa conclusão, foram analisados 12 elementos-chave que afetam a produtividade dos terminais: número de berços, área do terminal em metros quadrados, comprimento do cais, número de guindastes no cais e quantidade de trabalhadores, rebocadores, portões, guindastes de transferência, guindastes em geral, empilhadeiras de alcance (reach stacker), equipamentos decontêineres, e outros veículos internos.
“A infraestrutura do porto organizado é superior à infraestrutura do porto privado em termos de comprimento de cais, número de berços, guindastes e veículos internos de movimentação, obtendo uma melhor prancha média operacional”, explica.
Estabilidade produtiva
De acordo com o estudo, ao observar a série de dados históricos, é possível identificar também maior estabilidade produtiva do porto organizado, mesmo durante o período pandêmico. Apesar de ambos os terminais estarem realizando esforços financeiros para melhorar o desempenho, ainda pesam fatores como a necessidade de aumento do calado, melhoria das bacias de evolução, aprofundamento do cais, dentre outros.
“Por ser mais bem equipado, o Porto Tecon sentiu menores impactos da pandemia da Covid-19 em sua eficiência operacional. Todavia, os dois terminais ainda são dependentes de fatores ligados ao ambiente externo, pois, até agora, persistem algumas questões renitentes quanto à infraestrutura do Porto de Santos”, diz.
Durante a pesquisa, ambos os portos prestaram as informações solicitadas, bem como a Agência Nacional de Transportes Aquaviário, cujo painel de indicadores serviu de base para as comparações.