Ex-volante que treinou Neymar e Ganso na base chefia delegação de Santos nos Jogos Abertos
Narciso fez história com a camisa do Santos e comandou geração de ouro do clube
- Data: 20/12/2024 10:12
- Alterado: 20/12/2024 10:12
- Autor: Redação
- Fonte: Secretaria de Esportes
Narciso
Crédito: Fabricio Caldeira
A equipe de Santos que disputa os Jogos Abertos “Horácio Baby Barioni” tem à sua frente alguém que conhece a cidade e o esporte na cidade como poucos. Narciso, apesar de sergipano na certidão de nascimento, criou raízes em Santos e agora tem a missão de tocar as equipes esportivas do município nas competições estaduais.
Narciso foi jogador de futebol profissional e defendeu o Santos por nove anos, somando duas passagens. Ganhou três títulos, com destaque para o Campeonato Brasileiro de 2004. Jogou também na seleção brasileira olímpica, conquistando a medalha de bronze nos Jogos de Atlanta, em 1996. Aposentado dos campos, virou técnico. Em março deste ano, assumiu uma nova função, dessa vez nos bastidores: diretor-técnico da Fundação Pró-Esporte de Santos (Fupes), que administra o esporte de alto rendimento da cidade.
Experiência nova para Narciso, mas que está longe de ser uma novidade para ele. “Aceitei o convite [para ser diretor-técnico da Fupes] porque trabalhar no alto rendimento, é algo que já faço há muito tempo. Santos é uma cidade esportiva, e isso é um facilitador para formar atletas e equipes vencedoras”, diz ele.
Santos é uma máquina de ganhar títulos dos Jogos Abertos. A cidade é a maior vencedora da competição, com 26 troféus. Entre as décadas de 40 e 50, chegou a enfileirar 15 títulos seguidos, recorde jamais igualado.
O cargo de chefe de delegação nos Jogos Abertos não permite muito tempo de folga para Narciso. Ele tenta acompanhar Santos no máximo de disputas possível. “Em um dia, chego a assistir de 6 a 8 jogos de diferentes modalidades. É bem corrido”, conta ele, que cobra de seus atletas quatro pilares para alcançar os melhores resultados. “Para estarmos sempre brigando pelas primeiras posições, precisamos ter disciplina, companheirismo, dedicação e comprometimento. Só assim chegaremos ao nosso objetivo.”
Treinador de craques
Após pendurar as chuteiras em 2005, Narciso pegou a prancheta e foi tentar a sorte como treinador. O time sub-20 do Santos foi o primeiro laboratório do ex-volante na nova carreira. E logo de cara Narciso encontrou uma geração de ouro do clube alvinegro.
“Trabalhei na base do Santos de 2007 a 2012 e nesse período treinei muita gente boa, como Neymar, Paulo Henrique Ganso e Alan Patrick”, lembra Narciso, que sempre esteve convencido no patamar de jogador que Neymar se transformaria desde os primeiros treinos. “Ele sempre foi muito talentoso. Era um craque já bem novo. O que eu e minha comissão técnica fazíamos era não atrapalhar o seu desenvolvimento. Pedíamos apenas para ter disciplina, e o resto ele se encarregava de fazer.”
Depois do Santos, Narciso ainda treinou as equipes sub-20 de Corinthians e Palmeiras e os times profissionais de Sergipe, Operário, Penapolense, Linense, ABC e XV de Piracicaba.