Ex-professor do Rio Branco é acusado de abusos e pornografia infantil

Escândalo na Educação: Ex-professor é acusado de abusos e posse de material pornográfico envolvendo menores; investigação revela relatos chocantes.

  • Data: 14/01/2025 22:01
  • Alterado: 14/01/2025 22:01
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress
Ex-professor do Rio Branco é acusado de abusos e pornografia infantil

Crédito:Reprodução/ Arquivo Pessoal

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O Ministério Público de São Paulo revelou que um HD externo apreendido de Carlos Veiga Filho, ex-professor do tradicional colégio Rio Branco, contém uma quantidade significativa de imagens pornográficas envolvendo menores. O professor, que se encontra detido sob suspeita de estupro de vulnerável, está no centro de uma investigação que busca esclarecer as alegações feitas contra ele.

De acordo com a Promotoria de Justiça de Serra Negra, onde o caso está sendo investigado, o material encontrado no dispositivo digital inclui imagens de adolescentes do sexo masculino, o que pode fortalecer as provas já apresentadas em processo judicial em andamento. As acusações têm origem em um período em que Veiga Filho lecionava na região interiorana do estado.

O promotor Gustavo Pozzebon, encarregado da investigação, solicitou à Justiça a abertura de um novo processo contra o ex-educador pela aquisição e posse de material que contenha cenas de natureza sexual explícita envolvendo crianças ou adolescentes.

As informações sobre a apreensão do HD e as evidências encontradas foram inicialmente divulgadas pelo UOL e posteriormente confirmadas pela Folha de S.Paulo. Até o fechamento desta matéria, a defesa do professor não havia se manifestado sobre os novos desdobramentos do caso.

Carlos Veiga Filho, de 61 anos, está sob custódia desde o dia 11 de junho, quando foi detido na cidade de Hortolândia após uma intervenção policial em um condomínio local. A abordagem ocorreu enquanto os policiais realizavam uma checagem de documentos relacionados a uma ocorrência específica.

No âmbito do processo existente, ele é acusado de manter relações sexuais com três menores de 14 anos em seu apartamento e nas instalações da escola onde trabalhava. A defesa do professor refuta todas as alegações, sustentando que ele nunca cometeu qualquer crime ao longo de sua carreira educativa, que ultrapassa três décadas.

Relatos Históricos de Abuso

A detenção de Veiga Filho desencadeou relatos acerca de supostos abusos ocorridos há mais de 20 anos, quando ele ainda lecionava no colégio Rio Branco. Tais relatos levantam questões importantes sobre possíveis comportamentos inadequados no ambiente escolar e poderão contribuir para o contexto das atuais acusações, mesmo que os crimes mencionados estejam prescritos.

Segundo informações coletadas pela Folha, há depoimentos que narram práticas questionáveis realizadas na década de 1990. Um ex-aluno relatou ter participado de um ritual para se tornar ‘monitor sênior’, que envolvia atos constrangedores durante uma cerimônia noturna. O relato descreve momentos em que alunos eram fotografados nus e instruídos a se masturbar diante das câmeras como parte desse ritual.

O mesmo ex-aluno afirmou ter sido fotografado por Veiga Filho durante essa cerimônia e contou que após essa experiência se tornou padrinho responsável por conduzir outros estudantes para participarem do mesmo ritual. Ele revelou ainda que essa vivência teve um impacto significativo em sua saúde mental, resultando em anos de terapia e internação antes que ele conseguisse reconhecer plenamente o abuso sofrido.

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  • Data: 14/01/2025 10:01
  • Alterado:14/01/2025 22:01
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress









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