Ex-ouvidor das polícias de São Paulo anuncia candidatura para 2026
Cláudio Aparecido da Silva confirma sua candidatura a deputado estadual em 2026, enquanto questiona a nova gestão da Ouvidoria e se dedica à escrita de um livro sobre a PM
- Data: 08/01/2025 17:01
- Alterado: 08/01/2025 17:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Assessoria
Claudio Aparecido da Silva
Crédito:Divulgação/ALESP
Cláudio Aparecido da Silva, o Claudinho, ex-ouvidor das polícias de São Paulo, confirma suas intenções de concorrer a deputado estadual pelo PT em 2026, enquanto se dedica a projetos literários e rejeita propostas para o governo federal.
Candidatura gera controvérsia e mudanças na Ouvidoria
Durante sua gestão na Ouvidoria de São Paulo (2022-2024), Claudinho já demonstrava interesse em uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Recentemente, recebeu propostas para assumir um cargo no Ministério dos Direitos Humanos, mas optou por recusar essas ofertas, reafirmando sua vontade de continuar em São Paulo: “Se for para Brasília, abandono o território. A ideia é ficar por São Paulo.”
A decisão de conciliar sua posição como ouvidor com uma candidatura à Alesp gerou controvérsias entre colaboradores próximos à Ouvidoria e ao Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana). A simultaneidade dessas aspirações poderia ser vista como um uso político da Ouvidoria. Caso fosse eleito, ele precisaria deixar o cargo antes do término do mandato.
“O que a bancada da bala mais faz é usar isso para se projetar,” afirmou Claudinho ao comentar as possíveis explorações políticas de sua candidatura.
Mudanças na Ouvidoria e novos desafios políticos
Em um novo movimento político, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nomeou Mauro Caseri como novo ouvidor para o período 2025-2027. Caseri, que foi chefe de gabinete de Claudinho e é membro do PT há mais de trinta anos, também estava na disputa pelo cargo. Claudinho expressou preocupações com a nova gestão, dizendo: “O ouvidor é a única voz que tem feito contraponto às políticas de segurança pública, que passam por uma crise… não vislumbro isso no atual ouvidor.”
Projetos literários e preocupação com recursos públicos
Além de seus planos políticos, Claudinho revelou seus projetos literários, incluindo o desenvolvimento de três livros. O primeiro abordará as operações policiais na Baixada Santista, com destaque para eventos como a Operação Escudo e a Operação Verão, que resultaram em mais de 90 mortes. O segundo tratará de suas memórias enquanto ouvidor, enquanto o terceiro será uma coletânea de textos relacionados à cobertura da imprensa durante sua gestão. Claudinho afirmou que esses livros visam afastar qualquer suspeita de uso indevido de recursos públicos federais para financiar seus projetos ou sua campanha.