Estudo Revela Aumento de Buscas por Saúde em Mulheres Vítimas de Violência

Estudo revela que 92 dias antes de homicídios, mulheres vítimas de violência buscam saúde mental. Conheça a importância da atenção básica na prevenção!

  • Data: 21/12/2024 15:12
  • Alterado: 21/12/2024 15:12
  • Autor: redação
  • Fonte: Assessoria
Estudo Revela Aumento de Buscas por Saúde em Mulheres Vítimas de Violência

Crédito:Reprodução: Molly Blackbird/Unsplash

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O estudo realizado em Recife (PE) pela Vital Strategies e FrameNet Brasil revela um padrão preocupante nas visitas de mulheres vítimas de violência às unidades básicas de saúde. Os dados indicam que, 92 dias antes do agravamento da situação, essas mulheres aumentam a busca por atendimento médico, com queixas ligadas à saúde mental e sinais físicos de agressão. A pesquisa analisou 13 mil registros médicos ao longo de dez anos, utilizando inteligência artificial para cruzar informações do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan) e prontuários eletrônicos.

Os resultados são alarmantes: mais de 60% dos homicídios ocorreram dentro de um mês após uma notificação de violência no Sinan. A pesquisa destaca a importância da atenção básica na identificação precoce desses casos, uma vez que apenas 19,5% das notificações vêm desse nível de atendimento. A notificação tardia é uma oportunidade perdida para prevenir hospitalizações ou mortes.

A análise mostra que as vítimas frequentemente relatam problemas psicológicos, enquanto condições crônicas como hipertensão e diabetes aparecem menos nos prontuários dessas mulheres. Isso sugere que, quando buscam ajuda, elas priorizam o tratamento da violência em detrimento de outras questões de saúde. Os profissionais da saúde enfrentam desafios na identificação dessas vítimas, especialmente devido ao medo de represálias nas comunidades onde atuam.

O estudo propõe a criação de um painel para mapear as mulheres não identificadas e desenvolver estratégias de sensibilização para os profissionais. Treinamentos já estão em andamento para capacitar cerca de 460 trabalhadores da saúde. Essas iniciativas visam melhorar a resposta à violência contra a mulher no sistema público, tornando a atenção básica um espaço mais seguro e eficaz para a prevenção e tratamento desses casos críticos.

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  • Data: 21/12/2024 03:12
  • Alterado:21/12/2024 15:12
  • Autor: redação
  • Fonte: Assessoria









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