Estudantes da Fatec São José dos Campos ganham medalha em olimpíada aeroespacial

Equipe conquistou segundo lugar na Olimpíada Internacional de Ciências e Engenharia Aeroespacial com estudo sobre energias renováveis na aviação

  • Data: 03/08/2023 13:08
  • Alterado: 03/08/2023 13:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: CPS
Estudantes da Fatec São José dos Campos ganham medalha em olimpíada aeroespacial

Aluno Christian Queiroz exibe prêmio ao lado de Karen Roithmeier

Crédito:Pedro Ivo Prates

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Com um projeto para ampliar a possibilidade de utilização do hidrogênio como combustível sustentável na aviação, um grupo de três alunos da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) São José dos Campos conquistou medalha de prata na Olimpíada Internacional de Ciências e Engenharia Aeroespacial (Oicea), na categoria voltada a instituições de Ensino Superior públicas e particulares do Brasil e de outros países.

A iniciativa é promovida pela organização não-governamental (ONG) Instituto Alpha Lumen, com apoio da Fundação Pan-Americana de Desenvolvimento (PADF) e da Boeing. O anúncio foi feito em julho durante a Semana Escola Avançada de Tecnologia, que reuniu finalistas de competições da ONG.

Orientada pelo professor Santiago Martin Lugones, a equipe batizada de Águias do Vale é formada pelos alunos Christian Arilio Bezerra de Queiroz, Karen Roithmeier Rodrigues e Marina Ronconi de Oliveira. Eles apresentaram a proposta Tanques de Armazenamento de Hidrogênio de Aeronaves em Material Compósito de Fibra de Carbono e Resina Epóxi. Os jovens foram selecionados para a olimpíada pelo bom desempenho nos cursos superiores de tecnologia em Manutenção de Aeronaves e Projetos de Estruturas Aeronáuticas.

Competitividade comercial

De acordo com o estudo, o hidrogênio tem potencial de ser uma fonte com baixa emissão de carbono ou até mesmo neutra por produzir somente vapor de água após a queima de combustível. “Algumas empresas já estão desenvolvendo protótipos para funcionar com hidrogênio, mas a adoção comercial esbarra em diversos desafios, como sistemas de armazenamento e distribuição adequados, segurança e otimização da tecnologia dos motores para combustão de hidrogênio”, explica a estudante Marina Ronconi.

Frente ao problema, o grupo decidiu projetar um tanque composto por fibra de carbono e resina epóxi, materiais que podem viabilizar a resistência estrutural necessária para armazenar o gás hidrogênio em alta pressão. “Simulações computacionais realizadas nos laboratórios da Fatec mostraram bons resultados de eficiência e performance, apontando a solução como uma opção possível”, conta.

A proposta dos jovens prevê ainda a localização do tanque nas asas da aeronave, sem comprometer o espaço interno destinado à carga. “A competitividade comercial também é um dos diferenciais do modelo que busca otimizar a capacidade de transporte”, afirma.

Para o orientador da equipe, a participação no desafio pode gerar novas oportunidades para os alunos aprimorarem o desenvolvimento de pesquisas aplicadas em parceira com a iniciativa privada. “Representantes de grandes empresas de aviação acompanharam o concurso e mostraram interesse em aprofundar o estudo, além de conhecer outros projetos de estudantes da Fatec”, ressalta o professor.

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