Especialistas em saúde se unem para combater as Fake News sobre as vacinas

Profissionais de saúde renomados em suas áreas de atuação criam lista de mitos e alertas para a população

  • Data: 26/01/2021 18:01
  • Alterado: 26/01/2021 18:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Especialistas em saúde se unem para combater as Fake News sobre as vacinas

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No Reino Unido

Priscila Currie é formada por umas das melhores faculdades clínicas do mundo, a St Georges University, em Londres. Ela trabalha como Paramédica (única mulher brasileira neste cargo) para o governo britânico atendendo as maiores emergências pré-hospitalares da capital.

Dr Ricardo Petraco, cardiologista e pesquisador na Imperial College de Londres. Internacionalmente respeitado pelo seu trabalho e pesquisa em doença coronariana, único cardiologista brasileiro no Reino Unido, onde fez treinamento em cardiologia e PhD pela Imperial College.

No Brasil

Dra Melissa Palmieri, médica especialista em Vigilância em Saúde pelo Ministério da Saúde. Atuando há mais de 15 anos na área de imunizações pública e privada. Atual Diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações da Regional SP e membro da Câmara Técnica de Imunizações do CREMESP.

O que esses brasileiros, especialistas em saúde têm em comum?

Respostas: Priscila e Dr Ricardo, separadamente em suas áreas de atuação, moram e trabalham em Londres há muitos anos, estão na linha de frente do combate ao Covid-19 desde o começo da pandemia, tomaram a primeira dose da vacina Pfizer.

Dra Melissa, atuou desde o início da Pandemia no Brasil na Vigilância Epidemiológica em São Paulo e desenvolvimento de estratégias para minimizar a transmissão da doença e aguarda sua vez de tomar a vacina para COVID.

A Pandemia foi o fator essencial para unir os três no combate também de uma doença virtual, que se propaga tão rápido quanto o coronavírus: as Fake News.

“A minha preocupação como paramédica é o número enorme de pessoas que estão acreditando nas notícias falsas e não estão se dando conta que quem for vacinado não vai desenvolver a COVID-19 com sintomas graves, já outras serão assintomáticas. As pessoas estão se distraindo com resultado de eficácia, porém a informação mais importante é que todas as vacinas reduzem demais o risco de morte. Por outro lado, a humanidade nunca acompanhou de perto um desenvolvimento de uma vacina. Infelizmente, não estamos acostumados a lidar e julgar este assunto”, ressalta Priscila.

Foi assim que o time, liderado por Priscila, criou um grupo fechado com o apoio de outros especialistas em saúde (tanto no Brasil quanto colegas de outros países). A meta foi fazer um intercâmbio de ações, compartilhamento de dados, troca de informações para postagens nas redes sociais com dados verídicos sobre o coronavírus, tratamentos e vacinas.

“Estamos correndo contra o tempo. Mesmo com a situação crítica aqui no Reino Unido, com hospitais à beira de um colapso, nas horas vagas, divulgamos dados e notícias a respeito do Covid-19 e vacinas para auxiliar toda a população. O que precisa ficar claro é que todas as vacinas funcionam sim. Elas foram testadas em estudos sérios e aprovadas por entidades competentes no mundo todo. As Vacinas reduzem as chances de internações, sintomas graves e morte. Além disso, com o processo de vacinação está só começando, ainda levará tempo para sentirmos seus benefícios nos sistema de saúde. Então é fundamental mantermos o distanciamento social, o uso de máscaras e higiene das mãos”, ressalta o cardiologista.

“É inerente do ser humano ter dúvidas, em especial em um momento como este. Acontece que as Fake News são veiculadas por pessoas que tem um discurso extremamente “sedutor”. Então nosso time de especialistas voluntários estará atuando para blindar as pessoas de acreditarem em falsas mensagens sem conteúdo científico que seja possível rastrear.”, finaliza Dra Melissa.

Desse intercâmbio, surgiu uma lista de alguns alertas para você não cair em fake news:

– Não acredite em áudios ou notícias de grupos do whatsapp. Muitos são falsos e as vozes podem ser imitadas com facilidade.

– Averigue a fonte de qualquer material que receber (e-mail, video, post, áudio) para saber se é real. Estude sobre os médicos ou pessoas que foram autoras do artigo.

– Infelizmente, alguns médicos foram pegos falando fake news e manipulando a conclusão de estudos reais para favorecer suas falácias. Fique alerta.

– Algumas vezes, as traduções de artigos em inglês e ou em outras línguas são editados quando passado para o português. O Importante é averiguar se a tradução está correta e para isso use o artigo original e o tradutor do Google, se tiver tempo.

– Não compartilhe nenhum material que você não tenha certeza sobre a veracidade.

– Pesquise e busque por fontes confiáveis sobre notícias e mantenha a calma sempre: o pânico gera caos e com isso seu raciocínio lógico é afetado. Juntos podemos diminuir a velocidade de propagação do vírus e ajudar o sistema de saúde a lidar com as pessoas que realmente precisam.

– Vacine-se. A vacina é um direito seu. Ela foi testada em milhares de pessoas e aprovada por agências regulatórias sérias. Só com a vacinação conseguiremos combater o COVID-19. Mas essa conscientização tem que ser coletiva.

 ALGUNS MITOS SOBRE AS VACINAS:

– A vacina pode modificar o DNA das pessoas. MITO

– A vacina pode te contaminar com o novo coronavírus. MITO

– Vacinas deixam sequelas a longo prazo. MITO

– Pessoas saudáveis não precisam de vacina. MITO

– As vacinas foram feitas para enriquecer as indústrias farmacêuticas. MITO

– A vacina pode causar outras doenças. MITO

– As vacinas são produzidas a partir de células de fetos abortados. MITO.

– As vacinas contém microchips para nos controlar. MITO

– As vacinas têm minerais que nos transformam em antena 5G – MITO

– As vacinas afetam nossa habilidade de ter filhos. MITO

– Não precisamos nos vacinar, pois existe tratamento precoce. MITO

–  Vacinas foram criadas pelo movimento da Nova Ordem Mundial para matar os idosos. – MITO

SUGESTÕES DE SITES:

– www.coronavirus.saude.mg.gov.br

– https://iqc.org.br/

– https://www.paho.org/pt/covid19

– https://www.who.int/

– https://covid.saude.gov.br/

– https://www.gov.br/anvisa/pt-br

– https://infectologia.org.br/

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