Escolas municipais de Santo André recebem mais de 43 mil alunos na volta às aulas

A ansiedade para reencontrar os colegas de classe, profissionais da Educação e desbravar o conteúdo que será trabalhado neste ano letivo, estava estampada no rosto do pequeno Pedro Luiz Alloca nesta terça-feira (7). Ele, que ingressou na 5ª série do ensino fundamental da Emeief (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental) Homero Thon, foi um dos 43.599 alunos da rede municipal de ensino de Santo André que voltaram às aulas.

“Estou muito animado. Sinto que cada ano é um papel que posso colorir e começar do zero como quiser. Vai ser muito divertido e legal”, afirmou o aluno, na companhia dos colegas de classe.

Para quem trabalha nas escolas da rede, a expectativa era de ansiedade para receber os alunos, com atenção, sorriso e desejo de boas-vindas. A diretora da Emeief Homero Thon, Solange Aparecida Pereira, explicou que o acolhimento contribui para o sentimento de pertencimento. “Nosso papel é justamente valorizar esse momento de chegada dos nossos alunos e tranquilizar os pais que seus filhos estão em um local seguro. Dessa forma a rede escolar fortalece seus vínculos”, destacou.

Ainda na Vila Homero Thon, nas dependências da Creche Pedro Cia, os pequenos já se sentiam bem à vontade no primeiro dia de retorno à escola. A aluna Luiza Nogueira, de 3 anos, com toda simpatia e carisma, tinha na ponta da língua o que mais sentiu saudades: “Da minha escola, dos meus amiguinhos e da merenda”, revelou.

A equipe da unidade infantil conta que há um empenho e envolvimento dos profissionais em um planejamento para o início das aulas. Esse movimento serve de alinhamento de rotina e envolve também reuniões com os pais no processo de adaptação. Os diálogos contribuem para que tudo corra da melhor forma possível no acolhimento e desenvolvimento do calendário escolar.

Para os pequenos, a professora Simone Maria de Lima deixa livre os espaços das salas para que eles contribuam na disposição para um ambiente acolhedor. “Investimos nas trocas dos espaços, na disposição e diversidade dos brinquedos, proporcionando vários estímulos com diferentes sensações”. Já as crianças maiores exploram os demais ambientes da unidade vivenciando atividades atuais e também algumas brincadeiras antigas, como ciranda, lencinho na mão, entre outras, além do acesso às culturas afro-brasileira e indígena.

“No acolhimento, o primeiro passo é preparar a escola para receber nossos profissionais e as crianças. Cada ambiente é como um convite, ressignificando os espaços”, pontuou o assistente pedagógico Marcelo Tadeu Marton.

“Ações como essas contribuem para esse momento importante das famílias e suas crianças, muitas vezes sendo a primeira vez que se separam para a ida à escola. Essa organização ajuda muito aos pais seguirem para suas atividades com o coração tranquilo”, concluiu Thais dos Santos, diretora da Creche Pedro Cia.