Enchentes e chuva intensa aumentam risco de contrair leptospirose

A melhor forma de diminuir o número de casos leptospirose é pelo controle da população de roedores, principal transmissor da doença

  • Data: 11/02/2020 11:02
  • Alterado: 11/02/2020 11:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: Bayer
Enchentes e chuva intensa aumentam risco de contrair leptospirose

Medicine doctor hand working with modern computer interface as concept

Crédito:Depositphotos

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Algumas importantes regiões do país estão vivendo fortes problemas de enchentes e alagamentos com o aumento das chuvas. Este tipo de desastre aumenta o contato das pessoas com a água suja ou lama, e, portanto, o aumento de ocorrência da Leptospirose. Os sinais da doença podem aparecer de 10 a 30 dias após a contaminação com sintomas, como: febre alta, dores musculares e de cabeça, náuseas e diarreia.

Além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves, a doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas. Segundo informações do Ministério da Saúde há registros de leptospirose em todo o País, com a maior ocorrência em áreas urbanas e em ambientes domiciliares, como as regiões Sul e Sudeste – apenas em 2019, o Brasil registrou 3.368 casos.

Este cenário é agravado pela grande proliferação de roedores nas cidades, principais responsáveis pela transmissão da doença, por meio da urina contaminada pela bactéria leptospira. Os ratos são uma das pragas urbanas mais comuns e qualquer casa é suscetível à visita indesejada desses animais.

“A população tem um importante papel no controle de roedores. Já que as casas são locais propícios para que façam seus ninhos, as pessoas devem estar atentas ao encontrar ratos durante o dia. Como são animais de hábitos noturnos, então, este já é um sinal de que a infestação está maior do que deveria”, comenta a Especialista em Suporte Técnico da Bayer, Maria Fernanda Zarzuela.

O que fazer nos casos de enchente?

Para quem vive em cidades que têm alto volume de chuva nesta época do ano, deve evitar o contato com água ou lama de enchentes – pessoas que trabalham na limpeza da cidade, por exemplo, precisam, sempre, usar botas e luvas de borracha (ou sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés) para não ter contato com a doença.

Para a desinfecção de locais e objetos que já entraram em contato com a lama contaminada, a orientação é diluir água sanitária com em água – 400ml para um balde de 20 litros – deixando agir por 15 minutos.

Como controlar a proliferação de roedores?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que haja, pelo menos, nove bilhões desses roedores no mundo. No Brasil, acredita-se que há cinco para cada habitante, ou seja, o rato é uma praga difícil de ser controlada e a melhor forma é por meio da dedetização, associada às ações de prevenção.

“Os ambientes devem estar limpos e livres de entulhos. Manter o lixo armazenado em locais fechados e fora do alcance desses animais também é essencial. Ao colocar o lixo para fora, por exemplo, tente fazer isso perto da hora do caminhão de coleta passar para evitar que o lixo fique muito tempo exposto e possa atrair ratos”, completa Maria Fernanda.

Além disso, a dedetização é muito importante. Esta medida pode ser utilizada por meio de métodos mecânicos, biológicos ou químicos, porém, devido a maior segurança e eficácia, o método de desratização mais usado é o químico. As iscas raticidas devem ser dispostas nos pontos de circulação dos roedores, como nos cantos de paredes e na entrada de tocas, onde há presença de fezes e roeduras.

“O importante é realizar um controle químico que favoreça a ingestão do raticida pelo roedor: a definição estratégica da distribuição das iscas e o uso de formulações que não causem desconfiança à praga e que sejam de alta palatabilidade”, finaliza Maria Fernanda.

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