Encerramento do Congresso de História do ABC emociona e aponta diretrizes
O 12º Congresso de História do ABC, que teve como cidade anfitriã Mauá no período de 11 a 13 de setembro, reuniu aproximadamente mil pessoas durante suas atividades. Sob o tema “História, Memória e Patrimônio na Construção da Identidade do Grande ABC”, o encontro organizado pelo grupo temático ‘História e Memória do Consórcio Intermunicipal do […]
- Data: 16/09/2013 12:09
- Alterado: 16/09/2013 12:09
- Autor: Redação
- Fonte: PMM
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O 12º Congresso de História do ABC, que teve como cidade anfitriã Mauá no período de 11 a 13 de setembro, reuniu aproximadamente mil pessoas durante suas atividades. Sob o tema “História, Memória e Patrimônio na Construção da Identidade do Grande ABC”, o encontro organizado pelo grupo temático ‘História e Memória do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC’ nasceu com a finalidade de reunir pesquisadores – acadêmicos ou não –, memorialistas, estudantes, professores e protagonistas de momentos históricos relevantes na memória regional.
O último dia do Congresso teve vários momentos emocionantes, com destaque para as homenagens a pessoas que contribuíram e continuam ajudando a escrever a História do Grande ABC. Entre os homenageados: o padre Jose Mahon, Philadelpho Braz (falecido), Pierino Massenzi (falecido), Paschoalino Assunção (falecido), Gisela Leonor Saar, Yassuichi Kojima, Dalila Teles Vera e Ana Gedankien.
Outro ponto alto foi a leitura da carta-moção com propostas tiradas durante as discussões, entre as quais a implantação de um circuito turístico-cultural dialogando com a Vila de Paranapiacaba; fortalecimento dos espaços de memória; aquisição da casa do gravurista Hans Grudzinski, onde fica o ateliê do artista já falecido; valorização das culturas indígenas e negras; identificação dos bens culturais, históricos e patrimoniais de forma mais adequada; resgate e registro da pluralidade religiosa; reforma e tombamento da Casa dos Autonomistas, em Mauá, e a reafirmação do Rio Tamanduateí como um bem histórico regional, entre outros encaminhamentos.
Bens imateriais – Também foram certificados quatro bens imateriais da cidade que já foram tombados como patrimônio: o grupo Catira Az de Ouro, do patriarca Jaci Cesário, que transmite a arte de geração em geração desde a década de 50; o grupo Samba Lenço, de música e dança de origem africana; o mais antigo e premiado bem cultural imaterial atuante em Mauá, a Corporação Musical Lyra de Mauá, fundada em 1934; e a Orquestra de Violeiros, que tem como objetivo principal resgatar e valorizar a música sertaneja de raiz, conhecida como música caipira.
Para o secretário de Cultura, Esportes e Lazer, Waldir Luiz da Silva, o Congresso atingiu a expectativa no eixo história, memória e patrimônio. “Tivemos depoimentos emocionantes de pessoas que lutaram durante a ditadura militar, como o professor Olivier Negri Filho e os padres e palestrantes Jose Mahon e Rubens Chasseraux. Fizemos ainda visitas a equipamentos históricos, como a Capela da Juventude Operária Católica, na Santa Casa, e ao Museu Barão de Mauá, além da exposição “Memórias em gravura de Hans Grudzinski” e a “Mostra de Arte Kojima”, que retrata a época da porcelana na cidade, entre outros debates enriquecedores”, citou.
Já para Jorge Magyar, que participou do evento representando o coordenador do GT Cultura, Osvaldo de Oliveira Neto, “O Congresso é um patrimônio cultural da região do ABC e contou com debates de altíssimo nível.” Agora, começam os preparativos para a edição de 2015 em Ribeirão Pires.