EMTU destaca o trabalho de mulheres em profissões predominantemente masculinas

Rosângela faz manutenção elétrica de ônibus há 11 anos e Elizângela, que já foi motorista de coletivos, hoje faz o treinamento de novos condutores, na grande maioria homens

  • Data: 26/08/2021 13:08
  • Alterado: 26/08/2021 13:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: EMTU/SP
EMTU destaca o trabalho de mulheres em profissões predominantemente masculinas

Dia da Igualdade Feminina: EMTU destaca o trabalho de mulheres em profissões predominantemente masculinas

Crédito:Divulgação

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A cada dia, a atuação de mulheres em profissões normalmente ocupadas por homens aumenta e se torna mais forte. Na área dos transportes, um setor que por muito tempo essa predominância era aparente, hoje temos acompanhado mudanças. Por conta disso, neste Dia Internacional da Igualdade Feminina (26 de agosto) a EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo evidencia o trabalho de algumas mulheres de destaque que contribuem para o serviço de transporte metropolitano.

Técnica em eletroeletrônica de automação, Rosângela da Silva Gonçalves Barros, de 33 anos, trabalha há 13 anos na Metra, concessionária que opera as linhas gerenciadas pela EMTU na região do ABC. “Atuo na área de manutenção elétrica desde 2010, arrumando a parte elétrica dos ônibus e trólebus, incluindo iluminação, módulos, motor de partida, alternador e sensores. Quando conto que sou eletricista, muitos se surpreendem, dizem até que ‘sou muito feminina’ para estar nessa área, já que é um serviço considerado pesado por sujar e exigir força física. Mas é gratificante saber que muitos admiram meu trabalho. Algumas mulheres me falam que sou um incentivo para elas”, diz Rosângela.

Ela conta que seu pai era apaixonado por carros e nos finais de semana ele levava a família para andar de trólebus. “Quando meu pai faleceu, meu irmão conseguiu um emprego como motorista e então pedi para ele me indicar na empresa. Comecei atuando como orientadora de público nos terminais de ônibus, onde fiquei por dois anos. Fiz um curso técnico e passei por um teste da Metra para ser ajudante em elétrica. Concorri à vaga com dois homens e eu fui a única que conseguiu concluir a prova, fazendo o circuito elétrico acender”, relata Rosângela sobre o dia em que conquistou o emprego na manutenção.

Certo dia, voltando de uma festa de aniversário com o marido, o limpador do carro de Rosângela parou de funcionar. “Era 23h e estava chovendo muito, então parei no posto de combustível para arrumar a palheta do limpador. Eu estava arrumada, de salto alto e vestido, e pedi para o funcionário do posto me emprestar uma ‘chave 13 combinada’. Ele me olhou estranhando e respondeu: ‘Não, moça. Para fazer isso não é essa chave. Pode deixar que eu faço’. Eu insisti mais uma vez e ele também. No fim, ele tentou consertar, mas não conseguiu e eu que arrumei o limpador. Devolvi a chave e ele ficou super sem graça”, conta ela, explicando que sempre que encontra algo quebrado, imediatamente tenta consertar.

Elizângela Godinho, de 42 anos, já foi motorista de ônibus e hoje é instrutora líder de treinamento de novos condutores na Viação Miracatiba, empresa da qual faz parte há 14 anos. No seu dia a dia, faz a seleção de novos motoristas e treinamentos, aplica testes e passa ensinamentos referentes à direção defensiva.

Ela conta que desde nova gostava de carros, dirigia o Chevette amarelo 1979 do pai. Após conquistar a carta na categoria necessária, conseguiu realizar seu grande sonho de ser motorista de ônibus. “Ser contratada nessa área foi uma das melhores coisas da minha vida, um sonho realizado. Quando conto com o que trabalho, muitas pessoas ainda ficam surpresas”, afirma Elizângela. Segundo ela, instruir profissionais em sua maioria homens é desafiador e requer confiança, mas com um pouco de conversa já consegue mudar o conceito deles de que mulher “não sabe dirigir” ou “não entende de carros”.

“Sou realizada profissionalmente e muito feliz com minhas conquistas e evoluções. Creio que muitas mulheres tenham vontade de seguir uma profissão, porém por preconceito não vão em busca dos seus sonhos. Quem sabe com essa minha história possam se sentir encorajadas que tudo é possível”, incentiva Elizângela.

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  • Data: 26/08/2021 01:08
  • Alterado:26/08/2021 13:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: EMTU/SP









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