Empresas assinam manifesto contra a lei que proíbe o fornecimento de talheres de plástico

Em proposta, vereador defendeu que sejam substituídos por itens de material biodegradável, ignorando o fato de que somente uma pequena parte desses plásticos é apta à compostagem doméstica

  • Data: 07/12/2020 20:12
  • Alterado: 07/12/2020 20:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Empresas assinam manifesto contra a lei que proíbe o fornecimento de talheres de plástico

Crédito:Divulgação

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Ou seja, esse plástico “verde” vai poluir o ambiente tanto quanto o plástico comum. Além disso, os empresários ficarão com o prejuízo de ter que fazer a troca por esses materiais mais caros sem conseguir benefício ambiental algum. O projeto de lei 99/2019, de autoria do vereador Reginaldo Trípoli (PV) foi aprovado pela Câmara de Vereadores e começa a valer em janeiro de 2021. A multa prevista para quem descumprir a medida pode variar de R$1 mil a R$8 mil e pode levar até ao fechamento do estabelecimento, em caso de reincidência.

“Dado que a maioria dos itens descartados não chegam às usinas de compostagem, que sequer existem em número suficiente, o esforço será em vão. Milhares de brasileiros perderão empregos, pois muitos dos produtos substitutos serão importados”. “A solução não é proibir o uso do plástico descartável reutilizável, mas sim garantir que ele seja descartado e reciclado de maneira adequada. Isso trará benefício ao meio ambiente, reduzindo o desperdício de recursos naturais como petróleo e energia.” – Trechos do manifesto.

O segmento de transformação do plástico retornável repudia a culpabilização do produto e ressalta que os plásticos também contribuem para a sustentabilidade ambiental através do seu potencial de economia de energia, reciclabilidade e das opções de recuperação de energia. Economicamente, os plásticos constituem uma parte importante em diversos setores industriais e de consumo, e socialmente, a indústria de plásticos é um empregador importante. A lei em questão está sob análise de sua legalidade junto ao STF, ainda existem outras etapas administrativas para serem superadas quanto à sua aplicação prática e efetiva, e por agora, a comercialização e utilização dos descartáveis plásticos continua liberada.

Sobre as empresas do segmento de transformação do plástico retornável

A Câmara de Descartáveis tem como objetivo reunir as empresas do segmento de transformação do plástico descartável retornável e atuar em cooperação para resolver questões de interesse social, econômico e de sustentabilidade ambiental, relacionadas a produção, comercialização, uso e reciclagem de plásticos descartáveis.

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