Empresários acreditam que maior legado da Copa e Olimpíadas será a infraestrutura
Para os empresários brasileiros os investimentos em infraestrutura que estão sendo realizados para sediar a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016, serão o maior legado de longo prazo que os eventos deixarão. Dados do International Business Report 2013 (IBR) da Grant Thornton International revelaram que 45,3% dos executivos consultados acreditam que […]
- Data: 25/03/2013 02:03
- Alterado: 25/03/2013 02:03
- Autor: Redação
- Fonte: Advice
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Para os empresários brasileiros os investimentos em infraestrutura que estão sendo realizados para sediar a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016, serão o maior legado de longo prazo que os eventos deixarão. Dados do International Business Report 2013 (IBR) da Grant Thornton International revelaram que 45,3% dos executivos consultados acreditam que a infraestrutura é o benefício mais relevante que ficará após a realização dos eventos esportivos. A Pesquisa foi realizada com 300 empresas brasileiras.
Além disso, IBR revelou também que 42,7% dos executivos creem que os estádios construídos terão boa utilização após a Copa. “As reestruturações que estão sendo feitas em algumas regiões poderão trazer transformações efetivas no futuro, como aconteceu em Londres, onde a região East London foi reformulada e permaneceu bastante atrativa mesmo após o evento esportivo”, diz Paulo Sérgio Dortas, Managing Partner da Grant Thornton Brasil.
A mesma pesquisa realizada na África do Sul, um ano após a Copa em 2010, indicou que 84% dos visitantes revelaram estar muito satisfeitos com os aeroportos utilizados e 87% aprovaram as condições dos estádios. Por outro lado, a qualidade do transporte público (54%) e a condição das estradas (57%) foram os itens com menor aprovação dos turistas. A grande maioria dos entrevistados ficou satisfeita com os restaurantes, acomodações e atrações (todos com 78%).
Segundo Dortas, aqui talvez fique uma das maiores lições para nos Brasileiros. “Não adianta apenas fazer belos estádios e vilas olímpicas, é preciso investir também no transporte público e estradas.” afirma Dortas.
Para a grande maioria do empresariado brasileiro (70%) os Mega Eventos esportivos vão contribuir para o crescimento da economia. Na África do Sul, o impacto geral na economia também foi positivo: os gastos com cartões apresentaram elevação de 55% e as vendas no varejo registraram expansão de 7,4%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No Reino Unido, o governo anunciou que as Olimpíadas em Londres trouxeram £ 13 bilhões em benefícios econômicos, sendo£ 6 bilhões em forma de investimento direto estrangeiro.
No lado do empresariado, 58,7% acreditam que a Copa não impactará no seu lucro. Outro dado aponta que 5,3% afirmaram que terão elevação de mais de 10% do faturamento em função da Copa e Olimpíadas.
Como se tratam de eventos com data para inicio e termino, há uma certa descrença quanto ao impacto permanente no lucro e no faturamento após o fim dos Mega Eventos, comenta Dortas.
As empresas não pretendem aumentar as contratações também. Segundo o IBR, 64% dos empresários brasileiros disseram que não contratarão em função dos eventos. “As contratações devem acontecer, porém muito mais em caráter temporário do que a geração de empregos fixos.”, comenta Dortas.
Para eles, o setor de turismo (49,3%) será o mais beneficiado, seguido pelo de construção civil (22,7%) e infraestrutura (16%). O setor privado deve continuar investindo pouco em função dos Mega Eventos, uma vez que 80% das companhias brasileiras pesquisadas disseram que não pretendem aumentar investimentos. “Pequenas e Médias empresas que fornecem produtos e serviços relacionados às obras, por exemplo, devem aproveitar a oportunidade para impulsionar seus negócios”, afirma Dortas.