Eduardo Leite diz que tem mais convergências do que motivos para embate com Doria
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) disse hoje, que ele e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), têm mais convergências do que motivos para embates.
- Data: 12/02/2021 18:02
- Alterado: 12/02/2021 18:02
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
O que nos une é maior do que o que nos separa"
Crédito:Reprodução
“O que nos une é maior do que o que nos separa“, afirmou Leite. Disse ele em entrevista à Rádio Gaúcha
Nesta quinta-feira, 11, em evento político realizado no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, Leite foi convocado por políticos tucanos a percorrer o País como pré-candidato à presidência em 2022, um contraponto ao avanço de Doria no partido e declarou que “o Brasil não se resume a São Paulo“. Hoje, ele declarou que já conversou por telefone com Doria sobre a decisão e que ambos pretendem se encontrar em breve. “Temos uma boa relação”, disse.
“O foco agora é discutir projetos, ideias. E nós vamos entender lá na frente quem melhor pode representar, qual a melhor composição que deva ter uma chapa para viabilizar-se eleitoralmente e depois governar o País“, afirmou.
Apesar do clima de pacificação com Doria, o chefe do Executivo gaúcho criticou o que chamou de “aspiração pessoal” pelo poder, sem citar o governador paulista. “Sair à presidência não é sobre uma aspiração pessoal se impor e um partido patrocinar essa candidatura. É sobre o partido, compreendendo o projeto que representa, criar uma proposta para ganhar a eleição e conduzir o País nos quatro anos seguintes”, afirmou.
Leite ainda afirmou que busca atuar no campo da moderação e contra o radicalismo. “O que a gente vê no cenário político nacional é um comportamento de extirpar o inimigo, aquele que pensa diferente. Não se trata mais de eliminar o PT ou eliminar o Bolsonaro. Há um desperdício de energia monumental no nosso País de confrontos e conflitos políticos totalmente artificiais” afirmou.
O governador gaúcho também retomou os afagos ao mercado, e mencionou a necessidade de “gestão pública moderna” guiada por parcerias com o setor privado para reduzir o custo da máquina pública. “A prioridade é o crescimento, a geração de emprego e, claro, melhoria de serviço público para a população. É em torno disso que a gente tem que trabalhar”.