Dólar cai para R$ 5,35 após governo negar revisão de reformas
Bolsa de valores sobe mais de 2% e aproximou-se dos 108 mil pontos
- Data: 05/01/2023 19:01
- Alterado: 05/01/2023 19:01
- Autor: Redação
- Fonte: Agência Brasil
28/08/2018. REUTERS/Marcos Brindicci,dólar
Crédito:Reprodução
Em um dia de alívio no mercado financeiro, o dólar teve forte queda e fechou abaixo de R$ 5,40, após declarações de ministros de que o governo atual não revisará reformas e medidas econômicas tomadas na gestão anterior. A bolsa de valores subiu mais de 2% e aproximou-se dos 108 mil pontos.
O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (5) vendido a R$ 5,352, com recuo de R$ 0,10 (-1,85%). A cotação operou em baixa durante toda a sessão, até fechar na mínima do dia.
No mercado de ações, o dia foi marcado por ganhos. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 107.641 pontos, com alta de 2,19%. O indicador chegou a operar próximo da estabilidade no início das negociações, mas começou a disparar ainda durante a manhã.
Os destaques foram as ações da Petrobras, as mais negociadas na bolsa. Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionistas) subiram 3,24%. As ações preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos) saltaram 3,6%.
Os investidores continuaram reagindo a declarações de ontem (4) do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, de que uma eventual revisão da reforma da Previdência não está em estudo pelo governo. Além disso, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) descartou uma política de intervenção direta no preço dos combustíveis, o que ajudou as ações da Petrobras. No fim da tarde, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, recuou da ideia de extinguir o saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
O mercado brasileiro agiu na contramão do exterior, onde o dólar subiu após dados de emprego nos Estados Unidos. No mês passado, a maior economia do planeta criou mais postos de trabalho que o previsto, o que elevou o receio de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) mantenha os juros altos mais tempo que o previsto. Taxas altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.