Diadema recepciona 347 bolsistas do Bolsa Trabalho

Na manhã desta sexta-feira, 22, os 347 primeiros bolsistas do programa Bolsa Trabalho, ligado ao Bolsa do Povo, foram recebidos no Teatro Clara Nunes pela equipe da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SEDET), pelas secretarias parceiras que irão receber os trabalhadores e pela vice-prefeita Patty Ferreira. O objetivo do encontro foi passar orientações sobre o programa e anunciar a abertura de mais 500 vagas, além das 500 que já haviam sido abertas. “Foi um pedido da vice-prefeita Patty ao governo do Estado essas 500 vagas a mais para Diadema,” anunciou a coordenadora do projeto na cidade, Antônia Cava. “Agora nos ajudem a divulgar o programa para preenchermos todas as vagas e dar essa oportunidade às pessoas”. 

O teatro, lotado pelos bolsistas, era quase todo feminino. Muitas vieram com os filhos. Juliana Lana, que foi escolhida para trabalhar na academia do Paço, só tinha a agradecer: “Esse programa ensina muita coisa e onde eu estou trabalhando é um ambiente gostoso, a gente vai motivada a trabalhar. Eu estava sem emprego quando surgiu essa bolsa e foi tudo muito fácil, fiz a inscrição online e logo me chamaram por whatsapp. Pedi pra trabalhar na própria prefeitura, que é perto da minha casa. Eu saio pra tomar meu café e vou andar pela trilha do Parque do Paço. É um ambiente que eu estava precisando, é qualidade de vida”.

A proximidade do trabalho com o local de moradia é um dos pilares do programa, de acordo com o secretário-adjunto da SEDET, Paulo Barbosa: “Essa é a terceira edição do Bolsa Trabalho. Na primeira edição tivemos 100 bolsistas, na segunda vieram apenas 20 vagas. E para essa terceira edição, com a Patty assumindo a secretaria, ela disse ‘Precisamos trazer as oportunidades para a população de Diadema.’ Então estamos agora com 1.000 vagas e 1.000 bolsas para Diadema. E a ideia é alocar cada um o mais perto possível de suas residências. Caso um bolsista ache que ficou muito afastado, a secretaria responsável vai ajudá-lo a procurar um prédio público mais próximo e tentar realocar”.

Os bolsistas terão 4 horas por dia de carga horária nos equipamentos públicos, e devem fazer um curso de qualificação profissional online. Como o programa dura apenas 5 meses, esses cursos já são pensados para que os participantes consigam encontrar um emprego depois que terminar o bolsa-trabalho. No período, recebem uma bolsa-trabalho de R$ 540,00 mensais. Quem não tem ensino médio completo ou fundamental pode fazer o EJA, que vai valer também como o tempo de curso. Basta procurar a escola mais próxima de onde moram e fazer a inscrição. E a internet, pra quem não tiver acesso, pode ser utilizada nos 20 polos da Florestan Fernandes espalhados pela cidade. “Sobre a qualificação, quero alertar para a importância de usar esse tempo bem, pra buscar melhorar. Há muitas oportunidades no mercado, mas às vezes se perde uma vaga por falta de qualificação necessária. Então pensem no que vocês querem fazer depois daqui, que melhoria vocês podem trazer pras suas vidas e aproveitem,” estimulou o secretário-adjunto. 

“Esse é um projeto bem bacana que eu fiz questão de trazer pra cá, com mais oportunidades, mais possibilidades,” afirmou a vice-prefeita Patty Ferreira. “A gente sabe o quanto tem gente ainda vulnerável, sem emprego, sem segurança alimentar, então são esses programas que acabam ajudando a colocar essas pessoas no caminho. Nós recebemos 500 vagas e não preenchemos ainda, estamos com 347, mas já na semana que vem vamos chamar mais 500. Então peço a ajuda de todos para que divulguem o programa. Vamos lotar essas vagas! Tem os cursos, a qualificação, temos o programa Emprega Diadema, então encarem isso como um tempo que você tem para se dedicar ao seu crescimento. Você recebe uma bolsa para trabalhar um pouco, estudar um pouco e se preparar para o futuro. Pq quando a gente fala em desenvolvimento econômico, a gente fala em trazer mais renda para o município, mas a gente só pode trazer mais renda se todo mundo estiver empregado. E esse é o nosso papel. Porque é dessa forma que a gente constrói o amanhã. Eu vejo aqui que a maioria de vocês são mulheres, muitas vieram com os filhos e eu sou a Secretária de Desenvolvimento Econômico, mas também sou a vice-prefeita e sou mulher. E eu tenho certeza que nós mulheres vamos fazer de tudo para fortalecer nossa cidade e dar uma oportunidade melhor a nossas famílias”.

Emilly Graziela era exatamente uma dessas pessoas em busca de uma oportunidade melhor. Mulher trans, formada em História, auxiliar de enfermagem, com vários cursos, ainda luta para encontrar um emprego fixo que a ajude a dar um pouco de conforto aos pais, que moram com ela. “Quando tem, é pra área de cabelo e beleza. Porque acham que trans é só isso né. Ou mandam a gente pra fazer limpeza. Eu vou e faço, mas o que eu gosto é de lidar com o público. Mas os preconceitos são demais. Eu queria ter uma oportunidade na minha área, principalmente lidando com o público. Eu amo. Com trabalho a gente pode planejar o nosso futuro.” Emilly vai trabalhar em um das escolas da cidade, perto de sua casa. “A união faz a diferença. Esse projeto só vai pra frente se todos nós acreditarmos e abraçarmos o programa. Não adianta achar que é pouco e continuar parado. Que benefício isso traz pra você e pra cidade? A gente tem que acreditar. Coisas grandiosas virão, eu acredito!”

Se você tiver dúvidas sobre inscrições ou o programa em geral, pode ligar para 08007979800 ou se informar por meio do WhatsApp 11 987142645.