Diadema completa um ano de vacinação contra Covid-19 com 750 mil doses aplicadas
Estratégia adotada pelo município inclui imunização por livre demanda nas Unidades Básicas de Saúde da cidade
- Data: 19/01/2022 10:01
- Alterado: 19/01/2022 10:01
- Autor: Renata Nascimento
- Fonte: PMD
Crédito:Kelly Fersan
“Aquele dia ficou marcado na minha mente e no meu coração. Foi muito especial”. Assim a técnica de enfermagem Josefa Pinheiro da Silva, conhecida como Jô, da Unidade Básica de Saúde (UBS) São José, definiu a sensação de ser a primeira pessoa a receber a vacina contra Covid-19 em Diadema e no Grande ABC. Ela foi um dos três profissionais que participaram da cerimônia oficial de vacinação em 19 de janeiro de 2021. Os trabalhadores representaram os colegas que estiveram nos últimos meses na linha de frente do combate à pandemia causada pelo novo coronavírus.
De lá pra cá, as equipes municipais da Secretaria de Saúde aplicaram mais de 750 mil doses de imunizantes para proteger a população da cidade. A partir de setembro do ano passado, o município deu início à dose de reforço e, nesta segunda-feira (17/01) começou o ciclo de imunização contra a doença em crianças entre cinco e 11 anos de idade com comorbidades, deficiência, indígenas e quilombolas.
“Quando a vacina contra Covid foi autorizada pela Anvisa, no início de 2021, Diadema já possuía uma rede sólida e preparada para realizar a campanha de imunização. Os profissionais e moradores também entenderam que a vacinação é essencial para o combate à doença e compareceram aos postos para se proteger. Hoje, temos mais esperança em dias melhores. Mesmo assim, fazemos um chamado para que a população tome todas as doses da vacina e continue com os cuidados para evitar a doença. Vacinar é uma forma de amor e proteção com você e com quem está ao seu redor”, ressaltou o prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior.
O sentimento de gratidão da técnica de enfermagem se transformou em confiança. “É uma sensação de tranquilidade, mas de cuidado também porque, mesmo tomando a vacina, a gente pode se infectar”, ponderou. No início deste ano, Jô foi diagnosticada com Covid-19 e sabe como foi importante se proteger. “Eu pensei que era gripe. Fiquei tranquila, não fiquei apavorada como achei que ficaria antes de termos a vacina. Além de eu ter ficado mais confiante e segura, os sintomas foram mais fracos”, relatou Josefa. O principal benefício da vacinação é reduzir o risco de contágio e, no caso de infecção, diminuir a gravidade dos sintomas.
“Neste um ano de Campanha da Vacinação contra a Covid-19 tivemos muitos desafios, mas hoje temos 99% da população adulta vacinada com a primeira dose e 93% já com o esquema vacinal completo, com as duas doses. O que é motivo de alegria e nos enche de orgulho, pois trabalhamos arduamente para alcançar esses índices, fazendo busca ativa, orientando a população, combatendo as fake news e o negacionismo. Os números mostram que escolhemos o caminho certo. Segundo os dados epidemiológicos que monitoramos, mesmo com o aumento de casos de síndromes respiratórias que estamos tendo no início deste ano, os casos são menos graves e tivemos menos internações, ou seja, significa que a campanha de vacinação foi muito exitosa e a vacina tem eficácia comprovada, já que os casos realmente têm sido melhor manejados, os pacientes estão saindo melhor dos quadros respiratórios. Com consciência e responsabilidade coletiva vamos vencer essa pandemia”, afirmou a secretária municipal da saúde, Dra Rejane Calixto.
O que mudou
Para o médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) Carlos Lins, quando as primeiras doses começaram a ser aplicadas, o cenário era outro. “Nós somos comissão de frente, levamos muito pacientes para UTI e havia também o medo de pegar e passar para os familiares. Foi um período muito difícil, a gente não tinha muito conhecimento da doença. Era como se fosse uma guerra, no mundo todo. Quando eu tomei a vacina fiquei contente, mas preocupado porque não tinha pra todo mundo. Hoje tem, mas também tem a variante ômicron, que é mais transmissível. Por isso, tem que vacinar todo mundo, inclusive as crianças.”, afirmou o socorrista.
Diadema adotou a estratégia de vacinar por livre demanda nas 20 UBSs e, aliada à adesão dos moradores, conseguiu antecipar o calendário vacinal para diversas faixas etárias conforme as grades de imunizantes eram recebidas.
Em um ano, foram aplicadas 753.367 vacinas, sendo a primeira dose em 338.542 pessoas, a segunda dose em 304.205 pessoas, a terceira dose em 100.129 pessoas, a dose única em 10.239 pessoas e 252 doses pediátricas. Os dados são do Boletim Epidemiológico Covid-19 desta terça-feira (18/01). De acordo com o mesmo documento Diadema registra 38.627 casos confirmados e 1.520 óbitos pela doença.
Atenção permanente
Entre as ações adotadas pela Prefeitura para combater os riscos da Covid-19, incluindo a variante ômicrom, e da Influenza – que também tem afetado a população – estão o cancelamento de eventos e atividades públicas com aglomeração, como o Projeto Férias e carnaval, o adiamento do início da Copa Diadema, o reforço das equipes médicas, s ampliação da testagem de covid-19 e estímulo à vacinação e busca ativa dos faltosos.
“Pode ser que você pegue, mas se tiver vacinado pode pegar a forma mais leve. É mais fácil tomar vacina, usar máscara e manter os cuidados porque a covid-19 não acabou”, alerta o médico Carlos Lins.
Além disso, na próxima semana, começa a implantação de um Centro de Gripe para atendimento de pacientes com sintomas respiratórios no Clube Mané Garrincha, em Piraporinha. A Prefeitura mantém o Comitê Intersecretarial de Acompanhamento das Ações para Combate à Covid-19 de Diadema e segue fazendo o monitoramento diário dos casos referentes à transmissão do coronavírus na cidade para adotar todas as medidas que se façam necessárias.