Diadema celebra a resistência da mulher negra com série de atividades

A Prefeitura de Diadema realiza série de atividades na programação que celebra o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho. A data também marca o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Diadema foi a primeira cidade do Grande ABCD a aprovar um Plano Municipal de Promoção da Igualdade Racial, instrumento que norteia as políticas públicas para a população negra pelos próximos dez anos.

As ações de celebração do 25 de julho envolvem as Coordenadorias de Políticas de Promoção da Igualdade Racial de Diadema (Creppir) e de Políticas Públicas para as Mulheres, as Secretarias de Educação e Cultura. Coordenadora do Creppir, Marcia Damaceno, destaca que a data remete às lutas das mulheres negras brasileiras, que estiveram na República Dominicana em 1992 para debater quais seriam as estratégias de continuidade na luta contra o racismo, o machismo e a pobreza.

“Desde as primeiras mulheres negras que foram escravizadas, somos alvos prioritários das opressões de gênero, raça, classe, territorial e vivenciamos todas as formas de violências que recai sobre nossos corpos, dos nossos filhos e familiares”, destaca Marcia. “A intensa programação que vamos realizar ao longo do mês tem como objetivo sensibilizar toda a população, sejam homens ou mulheres, negros ou brancos, de que a luta antirracista tem que ser encampada por todos nós, para o desmantelamento do  racismo estrutural e institucional”, completa.

As atividades começam em 8 de julho, com a realização de uma roda de capoeira feminina, às 19 horas, no Centro de Formação e Educação Integral, que fica na Rua Manoel da Nóbrega, 155, no Centro de Diadema. Nos dias 14 e 15, 21 e 22, 28 e 29 de julho, no anfiteatro do Paço Municipal, serão realizadas formações para as mulheres trabalhadoras do programa Bairro Melhor. Cerca de 400 mulheres são aguardadas para as atividades, que ocorrerão em dois horários, pela manhã e de tarde.

Na área da cultura também estão planejadas rodas de conversa e encontros literários no Centro Cultural Canhema e na Biblioteca Olíria de Campos Barros. “É desta forma que a Coordenadoria de Política de Promoção da Igualdade Racial propõe dar visibilidade a todas as mulheres negras diademenses para que elas sejam protagonistas de suas histórias de resistência”, finalizou Marcia.