Desmatamento no Cerrado diminui

O governo atribui essa redução às intensificadas ações de fiscalização tanto no Cerrado quanto na Amazônia Legal

  • Data: 07/11/2024 10:11
  • Alterado: 07/11/2024 10:11
  • Autor: Redação/AI
  • Fonte: Agência Brasil
Desmatamento no Cerrado diminui

Desmatamento na Amazônia

Crédito:Arquivo - Agência Brasil

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O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) anunciou, nesta quarta-feira (6), uma redução na taxa oficial de desmatamento do Cerrado, marcando a primeira queda em cinco anos para o segundo maior bioma do Brasil. Entre agosto de 2023 e julho de 2024, a supressão da vegetação nativa totalizou 8.174 quilômetros quadrados, conforme revelado pelos dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento no Cerrado por Satélite (Prodes Cerrado).

Este monitoramento satelital, com precisão de até 10 metros, abrange desde cortes rasos até desmatamentos resultantes de degradações progressivas, como incêndios. O Prodes realiza suas análises anualmente, abrangendo o período mais seco do bioma, de agosto a julho subsequente. Esta redução interrompe um ciclo de aumento contínuo no desmatamento registrado desde o período 2018/2019.

Os estados que compõem a região conhecida como Matopiba — Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia — concentraram aproximadamente 76% deste desmatamento. Contudo, houve uma redução significativa nas taxas nesses estados em comparação ao ano anterior. Na Bahia, a diminuição foi mais expressiva, atingindo 63,3%, seguida por reduções de 15,1% no Maranhão, 10,1% no Piauí e 9,6% no Tocantins.

De acordo com estimativas governamentais, essa queda no desmatamento evitou a emissão de cerca de 41,8 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento global. “A redução do desmatamento no Cerrado, que muitos consideravam impossível, está se tornando cada vez mais viável, especialmente com o apoio do setor privado”, declarou Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, durante evento realizado no Palácio do Planalto.

Entretanto, organizações da sociedade civil alertam que os níveis atuais ainda são preocupantes. Daniel Silva, especialista em conservação do WWF-Brasil, destacou que apesar da tendência de diminuição evidenciada pelo Prodes, os números continuam altos quando analisados em uma série histórica. Silva enfatizou a necessidade urgente de maior envolvimento do setor produtivo na preservação deste bioma e apontou para pressões econômicas significativas causadas pela expansão das commodities e uma legislação ambiental insuficiente.

No mesmo evento, a ministra Marina Silva firmou um pacto entre o governo federal e os estados do Matopiba para intensificar as ações conjuntas contra o desmatamento e incêndios na região. O acordo visa fortalecer a aplicação de sanções ao desmatamento ilegal e aprimorar estratégias para a conservação dos recursos hídricos e florestais.

O governo atribui essa redução às intensificadas ações de fiscalização tanto no Cerrado quanto na Amazônia Legal. De janeiro de 2023 a outubro de 2024, as multas aplicadas pelo Ibama por infrações ambientais aumentaram em média 98% comparadas ao período entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022; especificamente no Cerrado, esse aumento foi de 20% ao ano.

Além disso, o Prodes reportou uma diminuição significativa no desmatamento da Amazônia Legal durante o mesmo período analisado (agosto de 2023 a julho de 2024), registrando uma queda de 30,6% em relação ao ano anterior. Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), esta é a menor taxa percentual dos últimos 15 anos e a menor área desmatada desde 2013 na região amazônica.

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  • Data: 07/11/2024 10:11
  • Alterado:07/11/2024 10:11
  • Autor: Redação/AI
  • Fonte: Agência Brasil









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