Deputado do PL cobra Estado sobre surto de virose no litoral paulista

Tenente Coimbra considera “inadmissível” vazamento de esgoto por parte da Sabesp - uma das possíveis causas para o contágio; unidades de saúde estão abarrotados e farmácias já registram falta de medicamentos.

  • Data: 05/01/2025 21:01
  • Alterado: 05/01/2025 21:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Assessoria
Deputado do PL cobra Estado sobre surto de virose no litoral paulista

Crédito:Divulgação / Assessoria

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O deputado estadual Tenente Coimbra (PL-SP) cobrou da secretária de Estado de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, Natália Resende, uma investigação minuciosa sobre possíveis despejos irregulares de esgoto em praias da Baixada Santista. O pedido veio após o surto de virose que afeta cidades da região há algumas semanas. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) confirmou um extravasamento de dejetos na Praia da Enseada, no Guarujá-SP, na quinta-feira (2/1).

Em ofício protocolado junto ao primeiro escalão do governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), Coimbra, que tem base eleitoral em Santos-SP, destacou que, apesar de a Sabesp negar qualquer relação direta entre o vazamento e o aumento de casos de virose, a possibilidade de causalidade não pode ser descartada sem uma checagem criteriosa.

De toda forma, o parlamentar do PL classifica como “inadmissível” o escoamento de esgoto clandestino no mar do Guarujá, o que foi confirmado pela Sabesp à Prefeitura há três dias:

“O aumento exponencial de casos de virose nas cidades da Baixada Santista, com alta desde dezembro, que é o início da temporada de verão, já é preocupante. Estamos falando de milhares de pessoas atendidas pela rede de Saúde da região, que estão sendo contaminadas de alguma forma, seja na praia, pela água corrente ou pela ingestão de algum alimento. Isso precisa ser checado. Agora, tendo ou não relação com o surto de virose, um vazamento de dejetos na água do mar já é, por si só, inadmissível.”

Até este domingo (5/1), unidades de Saúde da Baixada Santista operavam de forma sobrecarregada, com tempo de espera superior a quatro horas em municípios como Guarujá e Praia Grande-SP, devido ao grande número de casos de virose.

A doença, em regra, afeta o trato gastrointestinal (estômago e intestino). Diarreia severa, náuseas, vômitos, desidratação, cólicas e febre são alguns dos sintomas, que podem perdurar até uma semana.

Além de explicações sobre os motivos do vazamento de esgoto e de ligações de água clandestinas no litoral sul de São Paulo, Coimbra quer que o Estado, via Sabesp e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), avalie as condições ambientais e sanitárias de todas as cidades litorâneas afetadas pelo surto, até em razão de janeiro ser um mês de alta temporada, o que atrai ainda mais turistas para a região:

“Estão faltando respostas. A água potável do litoral está contaminada? É a água do mar que está deixando os banhistas doentes? O que está sendo feito para que mais casos não aconteçam? A Sabesp precisa explicar, também, sobre possíveis ligações de água clandestinas e o escoamento de esgoto, que também prejudica a fauna marinha. Já está faltando até remédio nas farmácias. É algo incabível.”

O parlamentar do PL ainda destaca que a situação prejudica a economia local, atrapalha as férias das pessoas e gera esgotamento na rede de saúde.

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  • Data: 05/01/2025 09:01
  • Alterado:05/01/2025 21:01
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