Denarc faz mega operação contra o tráfico de drogas na Cracolândia
Batizada de 'Redenção, ação cumpriu dez mandados de prisão e deteve mais sete suspeitos em flagrante. policiais conseguiram capturar dez dos procurados
- Data: 23/08/2019 09:08
- Alterado: 23/08/2019 09:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução TV Record
Uma operação de combate ao tráfico de drogas na região da Cracolândia, no centro de São Paulo, prendeu 17 pessoas na manhã desta quinta-feira, 22. Coordenada pelo Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), a ação envolveu mais de 560 agentes de segurança e durou cerca de 3h30, sem registro de confronto. Embora tivessem mandado de prisão contra eles, outros 11 suspeitos não foram localizados e, agora, estão foragidos.
A investigação durou mais de seis meses, segundo a Polícia Civil, e tinha como objetivo identificar os responsáveis por abastecer o “fluxo”, como é conhecida a concentração de usuários de droga na Cracolândia. Ao fim, a Justiça autorizou o cumprimento de 20 mandados de busca e apreensão e outros 21 de prisão temporária.
Batizada de “Redenção”, a operação foi deflagrada às 6 horas e os policiais conseguiram capturar dez dos procurados. Outros sete suspeitos foram presos em flagrante. Segundo a Polícia Civil, os agentes apreenderam com eles três armas de fogo, cinco celulares, cerca de R$ 800 em dinheiro e 21 quilos de droga – a maior parte, maconha (10 kg) e lança-perfume (8 kg).
A ação também mirou oito pensões localizadas no “quadrilátero da droga”, que é formado pelas Alamedas Cleveland e Glete e pelas Avenidas Rio Branco e Duque de Caxias. Os imóveis serviriam para armazenar os entorpecentes. “Os traficantes usavam como entreposto”, disse o delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. “Parcela da droga fica guardada na pensão, e eles (os traficantes) vão encaminhando para o fluxo enquanto a venda acontece.”
Para a “Redenção”, foram mobilizados 267 policiais civis e 93 policiais militares, da gestão João Doria (PSDB), além de 200 guardas-civis municipais, da gestão Bruno Covas (PSDB). Também foram usados mais de 130 viaturas e um helicóptero. Ao contrário de episódios anteriores, a polícia não encontrou resistência e ação ocorreu sem registro de conflitos.