Decotelli diz que carta da FGV motivou demissão

Em entrevista à CNN Brasil, o agora ex-ministro da Educação Carlos Alberto Decotelli disse que o que motivou sua demissão foi a nota publicada hoje, 30, pela Fundação Getúlio Vargas

  • Data: 30/06/2020 18:06
  • Alterado: 30/06/2020 18:06
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Decotelli diz que carta da FGV motivou demissão

Decotelli diz que carta da FGV negando que ele tenha sido professor foi o que motivou sua demissão

Crédito:Reprodução

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Na carta, a FGV nega que ele tenha sido professor efetivo da instituição.

“Essa informação divulgada pela FGV fez com que o presidente me chamasse e dissesse que ‘se até a FGV, onde o senhor trabalha há 40 anos, está negando que você trabalha na FGV, aí é impossível o governo ficar sendo questionado’. O que tornou inviável foi a carta formal da FGV de que eu nunca fui da FGV” disse Decotelli em trecho de entrevista exibido na TV.

A nota da FGV divulgada nesta terça afirma que Decotelli “atuou apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos e não como professor de qualquer das escolas da Fundação; da mesma forma, não foi pesquisador da FGV, tampouco teve pesquisa financiada pela instituição.” A afirmação da FGV veio na sequência de diversas suspeitas envolvendo o currículo acadêmico de Decotelli, inclusive sua dissertação de mestrado concluído na FGV, sobre o qual há denúncias de plágio. O ex-ministro também foi refutado pelas universidades Nacional de Rosário (Argentina) e de Wuppertal (Alemanha), onde dizia ter se tornado, respectivamente, doutor e pós doutor.

Sob pressão, Decotelli entregou hoje sua carta de demissão ao Planalto, cinco dias depois de ter sido nomeado para chefiar o MEC e antes de tomar posse oficialmente como ministro.

Veja a nota da FGV na íntegra:

“A FGV se encontra em regime de trabalho remoto, com aulas presenciais suspensas inclusive, desde março de 2020, por força do isolamento imposto pela pandemia do Coronavírus, seguindo determinação das autoridades constituídas, federal, estadual e municipal, em razão do estado de emergência de saúde.

O Prof. Decotelli cursou mestrado na FGV, concluído em 2008. Assim, qualquer informação a respeito demandará acesso a arquivos físicos da época pelos respectivos orientadores responsáveis, o que só poderá se dar após o retorno destes a atuação presencial, eis que todos pertencentes ao chamado grupo de risco.

Quanto aos cursos de doutorado e pós-doutorado, realizados com outras instituições educacionais, cabe a estas prestar eventuais esclarecimentos e não à FGV, para quem o Prof. Decotelli atuou apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos e não como professor de qualquer das escolas da Fundação.

Da mesma forma, não foi pesquisador da FGV, tampouco teve pesquisa financiada pela instituição.”

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  • Data: 30/06/2020 06:06
  • Alterado:30/06/2020 18:06
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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