Decano da Alerj e deputado bolsonarista pedem impeachment de Witzel

Dois deputados estaduais do Rio que integram posições políticas diferentes, mas convergem na oposição ao governador Witzel, protocolaram hoje pedidos de impeachment contra o mandatário

  • Data: 27/05/2020 13:05
  • Alterado: 27/05/2020 13:05
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Decano da Alerj e deputado bolsonarista pedem impeachment de Witzel

Na Alerj

Crédito:Sérgio Lima/Poder360

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Os documentos se ancoram nas denúncias de corrupção na Saúde em meio à pandemia de coronavírus, que resultaram em operação da Polícia Federal contra o governador nesta terça-feira.

Um dos pedidos foi apresentado pelo tucano Luiz Paulo, parlamentar mais antigo da Alerj e que já foi vice-governador durante a gestão Marcello Alencar (1995-1999). Ele assina o texto em parceria com a deputada Lucinha, também do PSDB. Ambos são críticos ao atual diretório do partido no Rio, comandado pelo empresário Paulo Marinho e próximo a Witzel.

O documento cita como crime de responsabilidade o mau uso do dinheiro público, que configuraria improbidade administrativa. “O fundamento está na própria exposição de motivos do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Estão listados indícios muito robustos de que o governador está envolvido em crimes contra o erário público estadual, e quem diz isso é o ministro Benedito Gonçalves, do STJ, e o Ministério Público Federal”, aponta Luiz Paulo.

Na justificativa para a abertura do processo, os parlamentares dizem ainda que “gostariam” que o governador tivesse condições de finalizar seu mandato. “No entanto, a situação se revela alarmante, com a existência de corrupção governamental em pleno período de pandemia, crime que poderia ser considerado como hediondo.”

Outro pedido vem de uma oposição que, durante a eleição e no início do governo, era aliada de Witzel: os bolsonaristas. Atualmente no Republicanos, o ex-líder do PSL na Casa Dr. Serginho afirma que os fatos apontados pelo Ministério Público são gravíssimos e exigem o afastamento do governador.

“O governador não possui condições morais e políticas para permanecer à frente do Executivo”, diz Serginho, autor do pedido.

Cabe ao presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), autorizar a abertura de um eventual processo de impeachment. Petista pragmático, ele exerceu papel importante na recomposição da base governista após o desembarque do PSL, em setembro do ano passado quando o atrito entre Witzel e a família Bolsonaro se acirrou.

Witzel foi alvo nesta terça de mandado de busca e apreensão no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, e no imóvel em que morava antes de assumir o Executivo. Foram levados três celulares e três computadores. O escritório de advocacia da primeira-dama, Helena Witzel, também foi visitado pela Polícia Federal.

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  • Data: 27/05/2020 01:05
  • Alterado:27/05/2020 13:05
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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