Debate sobre teto da dívida trava e leva temor aos EUA
Escritório de Orçamento do Congresso alertou esta semana para o risco de os EUA entrarem em default no verão, pela primeira vez na história
- Data: 20/02/2023 14:02
- Alterado: 20/02/2023 14:02
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
Com a divisão no Congresso dos Estados Unidos sobre o aumento do teto da dívida do país, o debate sobre o tema só deve ter um desfecho após o Tesouro esgotar suas medidas extraordinárias, o que é esperado para ocorrer entre a metade de julho e o início de agosto.
Mais do que uma crise fiscal, o que preocupa Wall Street é o pano de fundo do imbróglio: a redução do balanço de ativos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), como parte do processo de aperto monetário em curso no país, que poderia respingar no sistema bancário. Há ainda os eventuais impactos econômicos, em meio à incógnita de uma recessão à vista.
O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, em inglês), uma entidade apartidária, alertou esta semana para o risco de os EUA entrarem em default (moratória) no verão, pela primeira vez na história, caso o teto não seja ampliado.
Conforme as projeções, o déficit orçamentário dos EUA será de US$ 1,4 trilhão neste ano. Se nada for feito, a capacidade de o governo norte-americano obter empréstimos por meio de medidas extraordinárias deve se esgotar entre julho e setembro, na visão do CBO.
Elevado pela última vez em dezembro do ano passado, o teto da dívida dos EUA atingiu o limite de US$ 31,4 trilhões em 19 de janeiro. Desde então, o Tesouro norte-americano passou a adotar medidas extraordinárias para tomar empréstimos e continuar honrando suas obrigações sem violar o teto da dívida.