Custo da cesta básica sobe 1,15% em SP
Carne, café e óleo lideram altas
- Data: 21/11/2024 14:11
- Alterado: 21/11/2024 14:11
- Autor: Redação
- Fonte: Agência Brasil
Supermercado
Crédito:Valter Campanato - Agência Brasil
A capital paulista registrou um aumento de 1,15% no custo da cesta básica em outubro, conforme dados divulgados pelo Procon-SP em colaboração com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O levantamento aponta que, entre o final de setembro e o término de outubro, o valor da cesta subiu de R$ 1.268,03 para R$ 1.282,60.
Os segmentos de higiene pessoal e limpeza apresentaram reduções nos preços, com quedas de 2,04% e 0,63%, respectivamente. Em contrapartida, o setor de alimentação teve uma elevação de 1,60%. Dentro desse grupo, os produtos que mais contribuíram para o aumento foram a carne de segunda sem osso (8,71%), carne de primeira (7,44%), café em pó (6,49%), óleo de soja (5,5%) e farinha de trigo (5,49%).
No panorama dos últimos 12 meses até outubro de 2023, houve um acréscimo acumulado de 8,52% no custo da cesta básica. O setor alimentício destacou-se com uma alta anual de 9,89%, enquanto higiene pessoal subiu 3,69%, e limpeza sofreu uma retração de 3,2%.
Entre os alimentos com maior variação positiva anual destacam-se a batata (48,35%), café em pó (33,05%), arroz (28,97%), alho (24,46%) e leite (24,15%). Segundo o Procon-SP, diversos fatores contribuem para as flutuações nos preços desses produtos. Entre eles estão condições climáticas adversas, variações sazonais na oferta e demanda, oscilações nas commodities globais, variações cambiais e políticas tributárias.
Especificamente para as carnes bovinas de primeira e segunda categorias, fatores como estiagens prolongadas e queimadas combinadas com um aquecimento das exportações brasileiras foram determinantes para o aumento dos preços internos. No caso do café, a baixa oferta global — especialmente no Vietnã — redirecionou a demanda ao Brasil e intensificou as exportações. Além disso, a falta prolongada de chuvas afeta já a próxima safra.
Para o óleo de soja, a valorização externa do produto junto à maior demanda das indústrias internas de biodiesel e alimentos resultaram em preços mais elevados no varejo nacional. Já a alta nos preços do trigo e seus derivados deveu-se à baixa produtividade estadual do grão.