Cursos oferecem um futuro melhor para o andreense e sua família
Pronatec leva programa de qualificação profissional à comunidade do Jardim Ciprest; por enquanto, duas turmas reúnem 40 alunos
- Data: 15/08/2013 14:08
- Alterado: 15/08/2023 18:08
- Autor: Raquel Budow
- Fonte: Secom PSA
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“Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé”. Provérbio antigo, mas que exemplifica a ação que ocorre desde o início desta semana no Jardim Cipreste, em Santo André. Duas turmas do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), iniciativa do governo federal, recebem de segunda a sexta-feira pessoas interessadas em mudar de vida. A ideia de levar o curso até a comunidade surgiu dos próprios moradores, durante as audiências do PPA (Plano Plurianual) Participativo.
“Identificamos solicitação da população de trazer cursos e ações gratuitas para mais perto de áreas carentes da cidade. Assim, mulheres com filhos pequenos sem alguém para cuidar ou moradores que precisam estar perto de familiares por motivos diversos podem aproveitar esta oportunidade de estudar e se qualificar profissionalmente”, afirma a primeira-dama e secretária de Inclusão Social, Fátima Grana.
O primeiro local a desenvolver cursos do Pronatec foi o Clube de Mães do Jardim Irene II (como parte do Jardim Cipreste era denominado), com duas turmas de 20 alunos. As aulas do curso administrativo em transporte são dadas no período da manhã e da tarde. Por enquanto, o local – que está em ampliação para oferecer mais vagas – possui três salas. No Clube de Mães também há turmas do Projovem (Programa Nacional de Inclusão de Jovens) Trabalhador, programa vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Trabalho que prepara o jovem para o mercado de trabalho.
“Fazemos divulgação boca a boca; ainda vamos a algumas casas chamar os moradores”, explica a presidente do Clube de Mães do Jardim Irene, Maria do Carmo Merlonetti. Ela avisa que a receptividade tem sido muito boa, assim como os pedidos de cursos de estética e beleza e informática. O Jardim Cipreste reúne cerca de 1.500 famílias andreenses.
O munícipe Clóvis Bontempo, de 52 anos, aproveitou a oportunidade. Atualmente desempregado, ele vê na iniciativa uma possibilidade de voltar ao mercado de trabalho. “Espero, em breve, conseguir um emprego”, planeja. Já o jovem Lucas da Silva Duarte dos Santos, de 17 anos, diz que precisa trabalhar para dar continuidade aos seus estudos. “Quero terminar o ensino médio, fazer faculdade e ser engenheiro de automóveis”, conta.
RESPEITANDO A DEMANDA – A professora Sandra Ramos de Souza, do Sest/Senat (Serviço Social de Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte, respectivamente), conta que o curso é desenvolvido respeitando os alunos com idades e níveis de aprendizado diferentes e, por isso, há necessidade de adaptar o material das aulas para que os participantes entendam e possam acompanhar a sua evolução. Mas, garante: “Em 160 horas, a pessoa aprende toda a rotina de escritório e está apto a colocá-la em prática.”
O coordenador da Secretaria de Inclusão Social para o Pronatec em Santo André, Paulo Marcos Cardoso de Sá, reforça que para participar dos cursos do Pronatec basta fazer a inscrição em dos Cras (Centro de Referência de Assistência Social) e preencher os seguintes requisitos: ser desempregado, receber benefícios dos programas federais de transferência de renda, estar cadastrado no CadÚnico (Cadastro Único), ter alguma deficiência sem impedimento do exercício da função relacionada ao curso, pertencer à comunidade indígena ou quilombolas ou tratar-se de agricultor, extrativista ou pescador e ser jovem em cumprimento de medidas socioeducativas ou adulto em reinserção social.