Cúpula do G20: Pressão sobre emergentes para contribuir mais em financiamento climático gera impasse
disputas esquentam em meio à possível saída dos EUA do Acordo de Paris.
- Data: 17/11/2024 16:11
- Alterado: 17/11/2024 16:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:AP Photo/Peter Dejong
A cúpula do G20, que reúne as principais economias do mundo, está se tornando um campo de batalha para discussões climáticas cruciais. Países europeus, como França e Alemanha, estão pressionando para que as nações em desenvolvimento, como o Brasil, passem a ter obrigações financeiras obrigatórias para mitigação e adaptação climática. Atualmente, o Acordo de Paris permite que essas contribuições sejam voluntárias para emergentes, com a responsabilidade obrigatória recaindo apenas sobre países ricos.
Os emergentes, por sua vez, resistem à ideia. Argumentam que as nações ricas não cumpriram integralmente a meta de US$ 100 bilhões anuais em financiamento climático acordada em 2015. Além disso, há resistência à proposta de incluir recursos do Banco Mundial e do BID nas metas dos países desenvolvidos.
Este impasse também é tema da COP29 em Baku. Para o Brasil, a cúpula do G20 ganha ainda mais relevância no contexto das negociações climáticas, especialmente considerando a postura dos Estados Unidos sob Donald Trump. Durante seu mandato anterior, Trump retirou os EUA do Acordo de Paris, criando tensões nas negociações globais sobre o clima. Com Trump reeleito, a saída dos EUA pode ser mais rápida devido à eliminação de prazos anteriores.
A eventual retirada dos EUA impactará significativamente o cenário climático global e reforça a importância do G20 como um fórum vital para manter o diálogo entre países ricos e emergentes. Com as próximas COPs já no horizonte, as decisões tomadas agora serão determinantes para o futuro das políticas climáticas globais. A comunidade internacional observa atentamente, aguardando por soluções que equilibrem responsabilidades e garantam um futuro sustentável para todos.