Covas cria novo esquema de rodízio de veículos em São Paulo para evitar lockdown

Medida foi anunciada pelo prefeito em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 7, e tem como objetivo restringir a circulação de pessoas

  • Data: 07/05/2020 13:05
  • Alterado: 22/08/2023 21:08
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Covas cria novo esquema de rodízio de veículos em São Paulo para evitar lockdown

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Na tentativa de aumentar a taxa de isolamento social e restringir a circulação de pessoas em São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB), anunciou na manhã desta quinta-feira, 7, um novo esquema de rodízio de veículos na cidade. A medida começa a vigorar na segunda-feira, 11. Vai valer para toda a cidade e não mais no centro expandido e valerá o dia todo. Nos dias pares, circulam placas de final par (0,2,4,6 e 8). E nos dias ímpares, as placas de final ímpar (1,3,5,7 e 9). A medida valerá também no final de semana.

“Questões extremas exigem medidas extremas, com isso anuncio o retorno do rodízio de forma ainda mais restritiva. Não dá pra deixar de tomar medidas como essa, com taxas de ocupação de leitos de UTI com mais de 90% na rede municipal”, disse Covas. Com isso, a Prefeitura quer tirar 50% dos carros das ruas. 

Com o rodízio mais amplo, haverá reforço na frota de ônibus na cidade, com mais mil veículos e outros 600 de reserva, caso sejam necessários. “Essa é uma medida necessária para evitar o lockdown na cidade de São Paulo”, disse o prefeito. “A liberação do rodízio estava servindo como estimulante para as pessoas saírem de casa. Há pessoas que ainda não entenderam a importância de ficar em casa e voltamos com o rodízio para tentar ter um isolamento de pelo menos 60% na cidade”, afirmou o prefeito. “Além de restringir a circulação, vamos ter um ganho ambiental e de saúde, com redução de poluição, o que impacta também doenças respiratórias.”

Permanecem excluídos do rodízio carros da polícia, do Exército, prestadores de serviço de rede elétrica e de gás, e veículos da área da saúde. Os profissionais de saúde devem fazer um cadastro junto à prefeitura para ficarem fora da medida de restrição de circulação. O cadastro terá de ser feito em até 10 dias, por meio de envio de dados como CPF, nome, estabelecimento em que trabalha o profissional e a placa do veículo. As multas que forem aplicadas nos próximos 10 dias a esses profissionais serão descartadas posteriormente. Os profissionais devem enviar e-mail para o endereço eletrônico: [email protected].

“A obrigatoriedade de cumprir com o rodízio continua para os demais que não essas categorias”, afirmou o secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Edson Caram. De acordo com a prefeitura, táxis são isentos da medida, mas motoristas de aplicativos terão de rodar somente nos dias em que a placa do veículo é permitida. O mesmo vale para funcionários de padarias, supermercados, pet shops, lotéricas.

O prefeito Bruno Covas também anunciou o retorno da restrição à circulação de caminhões em São Paulo, exceto os das áreas de abastecimento e saúde.

A Prefeitura chegou a implementar bloqueios restritivos na cidade nesta semana, mas o próprio Covas reconheceu que a medida, que provocou trânsito e foi questionada pelo Ministério Público, foi um erro e que não surtiu o efeito necessário. Com isso, os bloqueios voltaram a ser apenas educativos.

A taxa de isolamento social na capital paulista, que concentra o maior número de mortes e casos de coronavírus no Estado, vem preocupando as autoridades. A taxa se mantém abaixo dos 50% (com 48% tanto na segunda-feira quanto na terça-feira), ficando acima desse patamar somente em finais de semana. A meta é 60% e o ideal para evitar o colapso do sistema de saúde é 70%.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, a capital tem 93.312 casos suspeitos e outros 23.807 casos confirmados da doença. Sobre os óbitos, são 4.300 entre suspeitos e confirmados (1.9218 confirmados + 2.372 suspeitos). “Estamos em um momento de ascendência da doença”, afirmou Aparecido.

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  • Data: 07/05/2020 01:05
  • Alterado:22/08/2023 21:08
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  • Fonte: Estadão Conteúdo









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