Como prevenir e tratar a Síndrome de Burnout
Psicólogo fala sobre a síndrome que afeta 33 milhões de brasileiros
- Data: 21/02/2020 16:02
- Alterado: 21/02/2020 16:02
- Autor: Redação
- Fonte: assessoria
Businessman asleep at office desk with finance sheet calculator and coffee.(concept for overworked)
Crédito:Depositphotos
Burnout é uma reação a estressores crônicos no trabalho, desencadeada quando os métodos de enfrentamento do sujeito falham ou seus recursos são insuficientes para lidar com a dimensão das situações intensas e prolongadas de estresse no âmbito laboral.
Trata-se de um quadro de esgotamento profissional caracterizado por três dimensões ou elementos centrais: Exaustão emocional, que compreende uma condição de tensão emocional acompanhada de baixa energia e profunda sensação de desgaste físico e mental; Baixa realização profissional, associada a sentimentos de incapacidade, diminuição da competência e declínio na satisfação laboral; Despersonalização, que refere-se a indiferença, ao cinismo, a ironia e ao distanciamento excessivo do público beneficiário de seus serviços.
Considerada um uma doença profissional, a síndrome de Burnout afeta 33 milhões de brasileiros e já foi classificada como síndrome crônica pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo o psicólogo e especialista no assunto, Damião Silva, os primeiros sinais são sutis: “Primeiro acontece uma perda de prazer no trabalho e não se tem mais vontade de ir. A pessoa começa a fugir dos amigos e a protelar as tarefas, por exemplo”.
Os sintomas da Síndrome de Burnout se dividem em três grupos: exaustão emocional (EE), despersonalização (D) e a diminuição da realização ressoal (DRP).
O psicólogo aponta que os sintomas físicos e emocionais comumente relacionados à doença são: dores de cabeça, tensão muscular, distúrbios do sono, irritabilidade, sentimentos negativos que começam a afetar o relacionamento familiar e a vida em geral, propensão a largar o emprego e absenteísmo.
Damião Silva aponta que algumas medidas que refletem no estilo de vida e no cotidiano, aliados a terapias com equipe multidisciplinar, são a chave para um bom tratamento: “Mude seu padrão de vida e se reorganize. Atividades como Yoga, Meditação e boa alimentação ajudam. Além claro, de um tratamento com especialistas e uso de medicações”, conclui.
Para o especialista a melhor forma de prevenir a doença, são as empresas se atualizarem sobre o assunto, melhorarem as condições de trabalho e acompanhem histórias reais de pessoas que passaram por isso, afim de evitar novos casos.