Como evitar hipertermia e desidratação com dicas práticas de saúde
Quadro pode acontecer em dias de temperaturas muito elevadas, combinados com baixa ingestão de água
- Data: 20/12/2024 15:12
- Alterado: 20/12/2024 15:12
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
Calor
Crédito:Tomaz Silva/Agência Brasil
Com a intensificação das mudanças climáticas e o aumento das temperaturas globais, a chegada do verão levanta preocupações significativas em relação à saúde pública. Entre as condições que merecem atenção especial estão a desidratação e a hipertermia, esta última caracterizada por um aumento excessivo da temperatura corporal. Grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e animais de estimação, requerem cuidados redobrados quanto à exposição solar e à ingestão de líquidos.
A endocrinologista Daniela Iguchi, do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), destaca a importância de estar atento à hipertermia, especialmente em dias quentes. “É fundamental lembrar que a hipertermia pode afetar pessoas que não apresentam infecções visíveis, mas que se expõem ao sol por períodos prolongados. A prevenção é simples: manter-se hidratado é uma das melhores formas de evitar essa condição. Caso surjam sintomas mais graves, é crucial buscar atendimento médico imediatamente”, ressalta a especialista.
O corpo humano mantém um intervalo de temperatura seguro entre 36°C e 37,4°C. Quando ocorre hipertermia, essa temperatura pode exceder 40°C. É importante diferenciar essa condição da febre, que normalmente resulta de infecções virais ou bacterianas; na hipertermia, os mecanismos de regulação térmica falham devido ao calor excessivo, o que pode comprometer funções vitais como as do sistema nervoso central, músculos e circulação sanguínea. Em casos extremos, essa situação pode levar ao óbito.
Os principais sinais da hipertermia incluem sede intensa, dor de cabeça, vômitos, sonolência, taquicardia e confusão mental. Além do calor excessivo, outras situações podem precipitar a hipertermia: permanecer em veículos expostos ao sol sem ventilação adequada, consumo de substâncias psicoativas, prática exagerada de exercícios físicos e doenças relacionadas ao sistema nervoso central.
Para se proteger adequadamente da hipertermia durante os meses quentes, recomenda-se evitar atividades físicas ao ar livre entre 10h e 16h e garantir uma hidratação constante.
A seguir estão algumas orientações adicionais para manter a hidratação durante o verão:
Beba água regularmente
Não aguarde sentir sede para ingerir água; isso pode indicar que o corpo já está começando a desidratar. A recomendação é consumir cerca de dois litros de água diariamente. Esse líquido essencial regula a temperatura corporal e facilita o transporte de oxigênio e nutrientes.
Incorpore alimentos ricos em água
Alimentos como melancia, abacaxi, pepino e tomate são excelentes opções para complementar a hidratação. Eles não apenas ajudam na manutenção da umidade corporal, mas também oferecem nutrientes importantes.
Reduza o consumo de sal
O excesso de sal na dieta pode causar retenção hídrica pelo organismo. Durante o calor intenso, isso pode resultar em inchaço e desconforto. Portanto, moderar o uso do sal é uma estratégia inteligente.
Evite bebidas alcoólicas
Embora possam parecer refrescantes, as bebidas alcoólicas aumentam o risco de desidratação quando consumidas em excesso. Sintomas como fadiga e dor de cabeça são comuns após ingestão excessiva; assim, intercalar água entre os drinks é uma prática recomendada.
Caso ocorram emergências relacionadas à saúde devido à desidratação ou hipertermia, recomenda-se procurar o serviço médico mais próximo. Informações sobre as unidades de saúde disponíveis na rede municipal podem ser acessadas através da plataforma Busca Saúde.