Com enchentes no Sul do Brasil, presidente Lula alerta para a crise climática

Ações do governo brasileiro para apoiar população vítima de enchentes no Sul do Brasil já mobilizaram 15 mil profissionais, incluindo militares, policiais e agentes

  • Data: 06/05/2024 18:05
  • Alterado: 06/05/2024 18:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: Governo Federal
Com enchentes no Sul do Brasil, presidente Lula alerta para a crise climática

Nível das águas do Guaíba chegou ao maior da história e ultrapassou 5 metros

Crédito:Gustavo Mansur/SecomRS

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O governo federal brasileiro tem desempenhado um papel crucial no auxílio ao estado do Rio Grande do Sul, atingido fortemente por chuvas, mobilizando mais de 15 mil profissionais em diversas áreas. As Forças Armadas fazem parte das operações, com 13,6 mil militares em ação, realizando resgates aéreos, evacuações, salvamentos e transporte de alimentos. As ações refletem a urgência de enfrentar os desafios climáticos, uma das principais pautas do governo brasileiro na presidência do G20. Desde que o Brasil assumiu a presidência do fórum de cooperação internacional, no ano passado, o tema foi levantado como prioridade para o debate em Grupos de Trabalho e com a criação da Força Tarefa Mobilização Global contra a Mudança do Clima.

Em meio às operações de resgate, o Governo Federal tem se concentrado em dar uma resposta coordenada e eficaz para garantir a segurança alimentar e medidas de assistência social à população atingida. As ações estão sendo coordenadas por um escritório de monitoramento instalado pelo governo brasileiro na capital do estado. O trabalho integrado adota medidas de salvamento, atendimento, mitigação e adaptação para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas, bem como o fortalecimento de sistemas de alerta. 

NÚMEROS – Conforme a Defesa Civil, são 380 municípios afetados, com impacto maior na capital Porto Alegre e municípios da Região Metropolitana: até o momento mais de 46 mil pessoas já foram resgatadas a partir de um trabalho que envolve mais de 15 mil militares, policiais e agentes. A logística mobiliza 42 aeronaves, 243 embarcações e 2.500 viaturas e equipamentos de engenharia. 45.237 pessoas estão em abrigos e 130 mil desalojadas, em um total de 924 mil pessoas afetadas diretamente pelos efeitos da calamidade climática. Há a confirmação de 85 óbitos e o registro de 134 desaparecidos. O boletim registra ainda o salvamento de 4,3 mil animais.

As forças de segurança pública contam com integrantes da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e Força Nacional. Ao todo são 734 pessoas entre policiais e bombeiros. A estrutura para logística conta com quatro helicópteros, 48 caminhonetes especiais, 20 viaturas comuns, embarcações de resgate, viaturas-reboque, caminhões, jet ski e uma carreta tanque de abastecimento. 

As equipes atuam em ações apoio em comunicações, resgate de desalojados e desabrigados, busca de desaparecidos, reconhecimentos de estruturas de engenharia, desobstrução de vias, apoio na montagem de postos de triagem e abrigos emergenciais, transporte aéreo logístico, gerenciamento de depósito de donativos, transporte e distribuição de donativos, atendimento médico-odontológico e restabelecimento de serviços essenciais. A Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional já empenhou 8,39 milhões de reais para o envio de 52 mil cestas de alimentos para o Rio Grande do Sul, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

SAÚDE – Na área da saúde, profissionais da Força Nacional do Sistema Único de Saúde foram enviados ao estado, o que amplia a chance de resgates de pessoas em situações mais delicadas de saúde com ainda maior chance de salvamento. Também está sendo mobilizada uma rede hospitalar pública e privada para organizar e integrar ações e prioridades. O governo federal anunciou a liberação imediata de 580 milhões de reais em emendas parlamentares individuais com aplicação direta em 448 municípios do Rio Grande do Sul. Desse total, 538 milhões de reais são para a área de saúde. Um hospital de campanha foi montado e já está em funcionamento no município de Estrela, no Vale do Taquari, uma das regiões atingidas.

VISITA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco; do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; do presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas; do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, além de 13 ministros do governo, demonstrou um símbolo de união do país em torno do socorro e da reconstrução do Rio Grande do Sul. O chefe do Executivo destacou a importância da integração entre os governos federal, estadual e municipal para enfrentar os desafios decorrentes das enchentes. 

Lula enfatizou a precaução com o planejamento para evitar futuros desastres climáticos. “Não haverá impedimento de burocracia para que a gente recupere a grandiosidade desse estado”, declarou em coletiva de imprensa na capital gaúcha, Porto Alegre.

A união dos poderes é considerada fundamental para enfrentar os desafios decorrentes das enchentes de maneira eficaz e coordenada. A cooperação entre esses poderes permite uma resposta abrangente e integrada às necessidades urgentes da população afetada, garantindo a rápida mobilização de recursos e a implementação de medidas necessárias para o socorro e recuperação das áreas atingidas. 

Durante uma reunião na semana passada na Base Aérea de Santa Maria, cidade gaúcha também atingida pelas enchentes, o presidente Lula destacou a importância de considerar as manifestações da natureza, alertando para os grandes prejuízos que podem ocorrer quando ela se insurge. “A natureza está se manifestando, e nós precisamos levar isso muito em conta, porque quando a natureza se rebela, a gente sabe que os prejuízos são muitos”, avaliou.

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  • Data: 06/05/2024 06:05
  • Alterado:06/05/2024 18:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: Governo Federal









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