Coletivando Cia de Dança estreia ”Naízes” na Funarte SP
A obra mostra que um único corpo pode transbordar intensidades advindas de trajetórias e singularidades do corpo preto, periférico e urbano
- Data: 07/09/2022 15:09
- Alterado: 15/08/2023 23:08
- Autor: Redação
- Fonte: Coletivando Cia de Dança
Naízes - Coletivando Cia Dança
Crédito:Rafaella Olivieri
A Coletivando Cia de Dança (RJ) estreia Naízes, no dia 9 de setembro (sexta) na Sala Renée Gumiel do Complexo Cultural Funarte SP, às 19 horas, onde permanece em temporada até o dia 1º de outubro.
O espetáculo, que tem como intérpretes os artistas criadores Luís Silva e Pedro Avlis, traz uma estética contemporânea que entrelaça e funde elementos do house, wacking, hip hop e afro, entre outras vertentes das danças urbanas.
Naízes é uma montagem inédita da companhia carioca, fazendo sua estreia nacional nesta temporada paulistana, cuja concepção tem raiz nas memórias e atravessamentos de corpos que foram deixados à margem da sociedade e da vida. A obra mostra que um único corpo pode transbordar intensidades advindas de trajetórias e singularidades do corpo preto, periférico e urbano. Provocando o despertar dos olhos, o espetáculo convida o espectador para uma viagem de saberes, costumes e guerrilhas do povo preto.
Com o objetivo de abraçar e dar voz à temáticas afro-diaspóricas e evidenciar singularidades do corpo artístico em meio a um contexto adverso, os artistas em cena articulam uma forma de ressignificar tantos atravessamentos selados nos corpos para, a partir deles, gerar vida e possibilidades de novos caminhos. Inclusive, o nome “Naízes” sintetiza reflexões da companhia sobre raízes, no que diz respeito às diversas origens e ancestralidades, e sobre as muitas nacionalidades, que perpassam pela história das pessoas afro-brasileiras.
A Coletivando Cia de Dança transita por linguagens e culturas, explora a diversidade de ritmos e movimentos. Naízes entrelaça house dance, wacking, hip hop dance e dança afro, além de incutir por outras danças urbanas e bases culturais que representam, entre tantas outras coisas, resistência e recriação. “Com essas culturas aprendemos como ser coletivo para além da junção física. Aprendemos como existir em uma sociedade que nos faz inibir as naturalidades e ancestralidades”, comenta Pedro Avlis. “Esse trabalho é um grito de corpos que foram colocados constantemente no limite e obrigados a criar ferramentas para expressar e evidenciar suas narrativas”, finaliza Luís Silva.
Nascida em 2019, a Coletivando Cia de Dança é composta por artistas das periferias da Zona Norte e Oeste do Rio de Janeiro, RJ. Seu trabalho é voltado para a reflexão sobre temáticas inseridas no contexto periférico e urbano. Em 2019 e 2020, circulou com o espetáculo Interfaces, fazendo apresentações em cidades do Rio de Janeiro e Espírito Santo, e também lançou o curta-metragem Afetos, disponível nas plataforma digitais.
Ficha técnica
Direção geral: Luís Silva. Criação e interpretação: Luís Silva e Pedro Avlis. Texto/poema: Jackeline Sarah. Colaboração de pesquisa: Rafaella Olivieri. Criação musical: Luís Silva. Direção de voz: Erivan Borges. Desenho de luz: Gil Santos. Fotografia: Rafaella Olivieri. Videografia: Mare Braga e Rafaella Olivieri. Apoio de pesquisa: Coletivo NUDAFRO. Idealização/produção: Coletivando Cia de Dança. Apoio cultural: Funarte.
Espetáculo/dança: Naízes
Com: Coletivando Cia de Dança
Temporada: 9 de setembro a 1º de outubro de 2022
Horários: sextas e sábados, às 19h | domingos, às 18h
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)
Bilheteria: 1h antes das sessões.
Vendas online – Sympla: https://www.sympla.com.br/
Duração: 50 min. Classificação: Livre. Capacidade: 53 lugares.
Complexo Cultural Funarte SP
Sala Renée Gumiel
Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elíseos. São Paulo/SP.
Tel: (11) 3662-5177