“CNN Sinais Vitais” aborda tratamentos que complementam a medicina convencional
O programa que vai ao ar em 13 de outubro trata da Medicina Integrativa
- Data: 13/10/2021 11:10
- Alterado: 13/10/2021 11:10
- Autor: Redação
- Fonte: CNN Sinais Vitais
Crédito:Divulgação
Corpo, mente e alma estão no foco do “CNN Sinais Vitais”, com o Dr. Roberto Kalil, da próxima quarta-feira, 13/10, às 22h30min. No episódio “Medicina Integrativa”, a produção aborda práticas inspiradas na medicina oriental que complementam o tratamento convencional dos pacientes. Trata-se de uma alternativa que vem crescendo.
Segundo o PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), em 2019, 4,6% da população utilizou alguma prática integrativa e complementar contra o percentual foi de 3,8%, em 2013. Plantas medicinais e fitoterapia (58,0%) foram a prática mais utilizada seguida por acupuntura (24,6%) e homeopatia (19,0%).
O que a executiva de uma multinacional que teve câncer no rim e um agente de viagens com dores crônicas na lombar e na cervical têm em comum? A Josie e o José Rubens enxergaram na doença uma oportunidade de se conhecer melhor e buscar não só a cura para o problema que os atingiu, mas iniciar uma caminhada em busca de saúde e de bem-estar.
A história dos dois será contada no episódio. “Na minha época se chamava medicina alternativa, hoje se fala em medicina integrativa ou complementar. Porque a própria ciência mostrou que a medicina oriental e a ocidental se complementam. O mais importante é ajudar a pessoa a transcender aquela realidade de dor ou sofrimento em que ela está inserida”, explica o Dr. Jou Eel Jia, especialista em Medicina Tradicional Chinesa.
Acupuntura, homeopatia, reiki, meditação e yoga são apenas algumas das práticas complementares amplamente utilizadas dentro dos hospitais atualmente. “É importante que o cuidado integrativo esteja dentro dos hospitais. Mas é importante que a grandeza dessas práticas esteja de alguma forma presente na vida das pessoas. O cuidado com o sutil, o cuidado com o mistério, cuidado com aquilo que a gente não está acostumado, passa um pouco por essas questões. E aí entra também a questão da espiritualidade”, aponta o Dr. Plínio Cutait, mestre de reiki e coordenador do Núcleo de Cuidados Integrativos do Hospital Sírio-Libanês.
Desde 2006, o SUS oficializou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, que hoje inclui 29 atividades para auxiliar os pacientes nos tratamentos convencionais. O vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Dr. Donizetti Giamberardino, reforça que apenas a acupuntura e a homeopatia são reconhecidas hoje como especialidade médica. Para ele, os tratamentos complementares que não apresentem risco ao paciente também são bem-vindos hoje na medicina tradicional. “O que a gente sempre reforça é a importância de nunca substituir ou abandonar o tratamento convencional”, destaca.
Para o médico psiquiatra Dr. Paulo Bloise, um dos pioneiros do mindfulness no Brasil, a prática da “atenção plena” significa prestar atenção ao que está acontecendo no momento presente, seja por meio da observação dos pensamentos e emoções do corpo e até mesmo do ambiente externo. “Para quem trabalha com saúde, percebe que o ser humano é multidimensional. A palavra que a gente mais usa num curso de Mindfulness é gentileza. Ele pode ser considerado saber o que faz enquanto se faz”, revela o médico.
O próprio Dr. Kalil confessou a própria dificuldade de conseguir meditar e pediu dicas para que as pessoas possam incorporar essa atividade no dia a dia. O Dr. Kalil pondera que “A medicina integrativa não substitui a medicina tradicional, mas ela é uma grande aliada para tratar não só a doença como o indivíduo. E hoje compreendemos que o tratamento vai muito além de uma doença. Nós temos que tratar o ser humano, físico e mental. Tratar o corpo e a alma”.