Cessar-fogo em Gaza oferece esperança de alívio em meio à crise humanitária
Trégua mediada por Estados Unidos, Egito e Qatar inclui a libertação de reféns e busca reduzir tensões no Oriente Médio
- Data: 15/01/2025 14:01
- Alterado: 15/01/2025 14:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: ONU
Crédito:Divulgação/Freepik
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (15) que um acordo de cessar-fogo preliminar de seis semanas foi alcançado entre o governo de Israel e o grupo palestino Hamas. Este entendimento, fruto de intensas negociações mediadas por Estados Unidos, Egito e Qatar, visa interromper temporariamente as hostilidades na região.
Uma das cláusulas principais do acordo prevê a libertação de aproximadamente cem reféns mantidos pelo Hamas, dos quais cerca de um terço teve suas mortes confirmadas pelo Exército israelense.
lsraeli occupation forces fun-bomb houses in Beit Hanun, northern Gaza Strip. pic.twitter.com/uqoLsRAnby
— TIMES OF GAZA (@Timesofgaza) January 10, 2025
Contexto e impactos da trégua
O cessar-fogo oferece uma oportunidade crucial para aliviar as tensões no Oriente Médio, que se intensificaram desde o início do conflito em outubro de 2023. A trégua tem implicações humanitárias importantes para a Faixa de Gaza, onde os 2,3 milhões de habitantes enfrentam uma grave crise devido à escassez de água, alimentos, medicamentos e combustíveis.
Cronologia do conflito Israel-Hamas
7 de outubro de 2023: Ataque do Hamas em Israel resulta na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de 251 indivíduos.
21 de outubro de 2023: Primeira entrada de ajuda humanitária em Gaza após cerco total imposto por Israel.
27 de outubro de 2023: Início da invasão terrestre israelense na Faixa de Gaza.
13 de novembro de 2023: Repatriação de brasileiros e palestinos para o Brasil.
24 de novembro a 1º de dezembro de 2023: Trégua temporária permite libertação mútua de reféns.
10 de janeiro de 2024: Houthis realizam ataque significativo no Mar Vermelho em apoio aos palestinos.
29 de dezembro de 2023: África do Sul acusa Israel de genocídio na Corte Internacional de Justiça.
25 de março de 2024: Conselho de Segurança da ONU aprova resolução pedindo trégua temporária.
7 de maio de 2024: Invasão da cidade palestina Rafah pelo Exército israelense.
A trégua é uma tentativa de criar espaço para negociações futuras e evitar uma escalada ainda maior na região, enquanto observadores internacionais permanecem atentos às consequências deste esforço diplomático.