SP conta com dois equipamentos municipais para cuidar da população com doença falciforme
Enfermidade pode causar a destruição crônica das células vermelhas do sangue
- Data: 30/10/2024 10:10
- Alterado: 30/10/2024 10:10
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
Plano de Saúde - Imagem ilustrativa
Crédito:Marcello Casal Jr - Agência Brasil
Com o objetivo de proporcionar atendimento humanizado e qualificado para as pessoas com doença falciforme, a cidade de São Paulo conta com dois equipamentos administrados pela Secretaria Municipal de Saúde: o Hospital Municipal Infantil Menino Jesus e o Ambulatório de Referência no Hospital Integrado de Santo Amaro (Hisa).
A doença falciforme, que tem o dia 27 de outubro como data nacional de luta pelos direitos de quem tem essa enfermidade, é considerada como um dos males hereditários mais comuns no mundo e tem grande incidência entre pretos e pardos, porém, também pode ser encontrada na população branca. Causa a destruição crônica das células vermelhas do sangue, intensas dores ósseas e na barriga, assim como infecções, lesões orgânicas e, em alguns casos, até a morte precoce.
O diagnóstico deve ser feito em recém-nascidos, na primeira semana de vida, por meio do teste do pezinho, realizado nas maternidades durante a triagem neonatal. Crianças, jovens e adultos que ainda não o fizeram podem realizar o exame de sangue chamado eletroforese de hemoglobina nas 474 Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
A Área Técnica de Saúde da População Negra, responsável pela promoção de ações envolvendo este público, foi responsável, juntamente com outras áreas da atenção básica, pela elaboração de uma linha de cuidados em doença falciforme que é seguida pelos serviços de saúde da capital.
Modificação genética
A doença falciforme é causada por uma modificação (mutação) no gene (DNA) que, em vez de produzir a hemoglobina A, desenvolve uma hemoglobina chamada S. Se uma pessoa recebe um gene do pai e outro da mãe, que produzem a hemoglobina S, ela tem um padrão genético chamado SS, causador da anemia falciforme.
Se uma pessoa receber de um dos pais o gene para hemoglobina S e do outro o gene para hemoglobina A, não terá a doença e sim o traço falciforme (AS). Portanto, ela não precisa de tratamento porque a enfermidade não se desenvolverá. Caso tenha filhos ou filhas com alguém que também herdou o traço, existe a possibilidade de ela ter uma criança com anemia falciforme.
Mulheres com essa doença podem ter uma gravidez de risco por conta das possíveis complicações. Também existe possibilidade de a criança nascer com o gene falciforme. Mas é importante salientar que são necessários dois genes com a mutação, um do pai e um da mãe. Se só houver somente um, o paciente é apenas portador de traço falciforme: não tem a doença nem irá desenvolvê-la no futuro.
Tratamento
Após o diagnóstico o paciente é encaminhado para iniciar o tratamento em um serviço especializado ou centro de referência, com apoio de um hematologista e outros especialistas. O acompanhamento médico é feito durante toda a vida.
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